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Dom Sérgio da Rocha, Presidente da CNBB e Dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da entidade que reúne os Bispos receberam na tarde de ontem dirigentes da CUT e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. Os trabalhadores se reuniram com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para externar a preocupação com o desmonte dos direitos patrocinado pelo governo no Congresso Nacional e para pedir o apoio da entidade à greve marcada para o dia 30 de junho.
Dom Sérgio da Rocha lembrou o posicionamento da CNBB sobre a reforma da previdência e disse que a possibilidade de a proteção das leis trabalhistas ser objeto de negociação fragiliza os trabalhadores, principalmente as categorias menos organizadas. “Temos uma postura de defesa dos trabalhadores e expressamos essa posição na Assembleia Geral da CNBB”, disse Dom Sérgio.
Já Dom Leonardo Steiner manifestou preocupação com a ausência de diálogo com a população como vem ocorrendo nas votações das reformas e reafirmou o apoio da CNBB ao direito de livre manifestação.
Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical, ressaltou a importância do apoio dos cristãos à luta que o povo brasileiro desenvolveu nos últimos três meses e destacou o papel das comunidades de base da igreja no esclarecimento da população quanto à defesa da aposentadoria e dos direitos estabelecidos na Constituição.
Presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrou que a greve geral do dia 28 de abril paralisou mais de 40 milhões de trabalhadores e que mais de 150 mil pessoas tomaram Brasília no dia 24 de maio. “Enquanto isso, a mídia e o governo tentam manipular a população dizendo que a reforma trabalhista só vai mexer com sindicalista interessado no imposto sindical. O que o Congresso está votando é o fim do emprego com carteira assinada e o fim da justiça do trabalho”, afirmou Vagner Freitas.
Índio reforçou que a reforma trabalhista vai levar a maioria da população brasileira ao empobrecimento e à perda de direitos e lembrou que os micro e pequenos empresários também serão duramente atingidos pelas mudanças, na medida em que a redução dos salários e dos direitos vai trazer impactos à economia popular e aos pequenos produtores. “O desmonte só beneficia os grandes empresários e banqueiros, que já são bilionários. Todos os demais perdem”, concluiu o dirigente da Intersindical.
Para as centrais sindicais presentes, é fundamental que a construção e preparação da greve do dia 30 e das demais lutas estejam presentes no cotidiano das comunidades, pois este é o melhor caminho para a mobilização social em defesa dos direitos do povo brasileiro.
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INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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