Em sua 21ª edição, o Grito dos Excluídos 2015 em São Paulo, realizada neste 7 de setembro na frente da Catedral da Sé, foi marcada por um abraço simbólico para lembrar as duas mortes ocorridas nas escadarias da igreja, na última sexta-feira (4).
“O que aconteceu aqui é o retrato de uma sociedade desumana que não quer entender o fato. Estamos esperando os laudos da polícia técnica e do IML porque o Luiz e o Francisco foram alvejados. A quantidade de disparos efetuados pela polícia admira e espanta, o que houve foi uma verdadeira execução”, afirmou o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral de Rua.
“A mídia joga um como herói e outro como bandido, mas os dois são vítimas de um sistema desumano que desagrega o pensamento e a individualidade, um sistema que brutaliza, que machuca”, disse Lancelotti.
O papel da mídia faz parte do tema da 21ª edição do o Grito dos Excluídos deste ano: “Que País é Este, Que Mata Gente, Que a Mídia Mente e Nos Consome”.
Edilson Montrose, militante da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e do Coletivo Bancários na Luta, reforçou a luta dos trabalhadores contra as investidas do capital e do neoliberalismo.
“Estamos num período de luta com peculiaridades, o ajuste fiscal, esse estelionato eleitoral dos aliados ao grande capital e essa direita com base fascista que nunca deixou de existir. Nosso grito é contra eles!”, disse Edilson, sob palmas e aprovação geral dos participantes do ato.
“Queremos sim ser incluídos em outro modo de produção, outro modo de viver, que dê terra para todos os trabalhadores sem terra, teto para todos os trabalhadores sem teto, justiça e igualdade para todos, queremos um sistema que não exclua, um sistema que não seja gerido pelo capital”, continuou Edilson.
O Grito dos Excluídos, ato que ocorre tradicionalmente em todo 7 de Setembro, é organizado por pastorais sociais, movimentos populares e centrais sindicais.
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Veja as imagens do grito dos excluídos:
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