A INTERSINDICAL Central da Classe Trabalhadora mais uma vez repudia a violência desmedida que a Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob o Governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), aplica em suas atuações contra o livre direito de se manifestar. É inadmissível que manifestantes sejam criminalizados e tratados como “inimigos internos”, como estamos vendo nos atuais atos contra o aumento das passagens de São Paulo.
A violência da PM não tem limites. Até mesmo na revolta dos estudantes secundaristas contra a chamada Reorganização Escolar, no segundo semestre de 2015, as atuações violentas e, em muitos casos, ilegais, não faziam medida se o alvo eram adolescentes ou mães e pais de alunos.
A situação piora ao analisarmos o subsídio por meio de recursos públicos do estado à violência. Em julho de 2015 o governo Alckmin comprou para a Tropa de Choque 6 grandes blindados, ao custo de R$ 5 milhões cada, denominados ‘Guardião’ (equivalente ao Caveirão no Rio de Janeiro). Produzidos em Israel, os veículos são os mesmos usados para agir contra palestinos na Faixa de Gaza.
Sem utilidade alguma desde que foram adquiridos, os blindados agora estão sendo utilizados para auxiliar no transporte de soldados nas manifestações contra o aumento das passagens (de R$3,50 para R$ 3,80). Os mesmo R$ 30 milhões gastos nestes veículos poderiam estar sendo investidos para melhorias no transporte público, por exemplo.
Está claro nesse processo que apesar de ter o aparato de repressão em suas mãos, a burguesia, representada por Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), estão lançando mão de todo aparato do estado. Como sempre, em meio a tantos abusos, a justiça faz vista grossa para as arbitrariedades cometidas pela PM. Assim, consequentemente, as legitima.
Vale lembrar que esta violência também é reflexo do modo de atuação da Polícia Militar nas periferias das cidades. Com a ressalva de que nas regiões periféricas as balas não são de borracha.
Não à violência do Estado!
Contra a criminalização dos movimentos sociais e de quem luta por direitos!
Pela desmilitarização da polícia!
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