Duas importantes datas históricas para o povo negro serão comemoradas nesta semana: no dia 18 de novembro acontece a 1º Marcha das Mulheres Negras, na capital federal, e no dia 20, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, data que lembra a luta do líder Zumbi de Palmares pela liberdade e direitos de negros e negras. Apesar de ainda não ser feriado nacional, algumas capitais e municípios do país decretaram feriado local.
A Marcha das Mulheres Negras acontecerá nesta quarta-feira (18) para denunciar o racismo, a violência, o sexismo e o avanço das forças conservadoras no Congresso Nacional.
A realização da 1º Marcha é uma estratégia das mulheres negras que buscam visibilizar suas lutas, além de denunciar todas as formas de violências provocadas pelo racismo. Elas vão reivindicar também o fim do genocídio da juventude negra, o fim das revistas vexatórias em presídios e as agressões contra as mulheres negras.
Números assustam
No último Mapa da Violência, o número de mulheres negras mortas cresceu 54% em 10 anos (de 2003 a 2013), enquanto que o número de mulheres brancas assassinadas caiu 10% no mesmo período (Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais).
Entre 2009 e 2011 as mulheres negras foram 73% das vítimas de mortalidade materna, segundo relatório da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia, divulgado em abril deste ano.
Negras e negras também são maioria entre os desempregados e subempregados, entre as vítimas de tráfico de pessoas, violência doméstica e homicídios. No Brasil, a juventude negra permanece sendo assassinada, principalmente nas periferias (leia estudo do Ipea no link abaixo).
Leia também: Ipea comprova que assassinato de negros é 3,7 vezes maior que o de brancos
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