O Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (DIESAT) está promovendo, nestes dias 24 e 25 de abril de 2025, o 1º Congresso Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, em São Paulo. O evento, que conta com correalização da Intersindical, de outras centrais sindicais e do Ministério Público do Trabalho (MPT) e faz parte de uma mobilização nacional voltada à reflexão crítica sobre as condições laborais e os impactos do trabalho na saúde física e mental da classe trabalhadora.

Fernanda Magano, presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), lembrou que “foram reservados dois dias de debate e construção conjunta, a fim de avançarmos no cuidado com a classe trabalhadora, em uma data próxima ao dia 1º de maio. Trata-se de uma união de momentos e propósitos, cujo objetivo maior é envolver cada um e cada uma na proteção da sociedade e no cuidado com a vida.”

A declaração ganhou força quando Nilza Pereira, Secretária geral da Intersindical, contextualizou as datas da atividade à proximidade com o 28 de abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, e o 1º de maio. Ela ressaltou que “devemos discutir com os trabalhadores e trabalhadoras promovendo uma discussão conjunta e completa, como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. (…) Precisamos dialogar com a classe trabalhadora, dizendo: ‘Viver é bom, viver com saúde é melhor ainda, e ter tempo para desfrutar dessa saúde é muito melhor.’”

Somado a isso, Cirlene Zimmermann, procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), desejou “que os debates neste evento sejam guiados, portanto, pela busca da humanidade no trabalho, pois quando falamos de saúde, falamos também do reconhecimento da nossa humanidade.” O chamado reflete o espírito da própria preparação para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CNSTT), cujo Documento Orientador — disponível no site do Conselho Nacional de Saúde — reforça a urgência de abordar a saúde do trabalhador como um direito humano.

Durante toda a programação, o congresso debate temas como precarização, informalidade, saúde mental e vigilância em saúde, com mesas temáticas que buscam abranger problemáticas contemporâneas: o avanço das novas tecnologias, a expansão do trabalho por aplicativos e a intensificação do ritmo de produção. As discussões também incorporam reflexões sobre a importância da unidade sindical, da participação popular e do controle social, princípios que estruturam a luta pela implementação efetiva da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

SAIBA MAIS: CRONOGRAMA DO EVENTO