Milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas dos movimentos sociais participaram do único ato de protesto de 1º de Maio em São Paulo convocados pela INTERSINDICAL, Pastoral Operária, MST, Conlutas, MTST, PSOL e outros. Sob a consigna “os trabalhadores não vão pagar pela crise”, os manifestantes deixaram clara sua disposição de lutar contra as demissões e a ofensiva sobre salários e direitos trabalhistas.
Emprego para todos, salário, moradia, terra e direitos sociais foram a todo o momento lembrados pelos manifestantes que realizaram uma atividade sem patrão e sem financiamentos de estatais, bancos, multinacionais e grandes empresas, bastante diferente do que fizeram centrais como Força Sindical, CTB, CUT, UGT, que realizaram showmicios e sorteios financiados pelo grande capital.
A animada manifestação na Praça da Sé foi categórica em demonstrar o descontentamento com as políticas dos governos de socorro à bancos, montadoras e empreiteiras e se coloca como mais um importante momento de luta da classe trabalhadora contra as medidas do capital e seus Estados para depositar nas costas dos trabalhadores a conta da crise.
Além das declarações das diversas organizações, a atividade contou com a participação excelente do grupo de Hip Hop de Embú e de outros grupos de cultura popular. A manifestação teve um encerramento bastante simbólico: milhares de pessoas cantando a Internacional Socialista.
O 1º de Maio de luta na Praça da Sé foi um importante momento de unidade das várias organizações e apontou a necessidade de organizar a resistencia ao capital e sua crise nos locais de trabalho, de moradia e em todos os espaços de participação popular. O próximo passo é buscar construir, juntamente com o MST, uma grande jornada de lutas no final de maio, início de junho.
Indio – Edson Carneiro
Coordenação Nacional da Intersindical
Comentários