INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
Os rodoviários de Porto Alegre aprovaram, em assembleia geral realizada na última terça-feira (5/01), uma pauta de reivindicações que prevê 15,65% de reajuste salarial para a categoria, cesta básica (que não existe para eles), alteração nos valores pagos do vale-refeição e adicional de insegurança, entre outros itens. A data limite para a conclusão das negociações é o dia 31 de janeiro.
Além do reajuste salarial – de 11,65% de reposição da inflação e 4% de ganho real–, os rodoviários reivindicam um abono de 10% para motoristas de ônibus articulados, entrega de cesta básica de R$ 90, intervalo intraturno de até 2 horas, dispensa do serviço no dia aos trabalhadores vítimas de assalto e oferecimento de acompanhamento psicológico a eles, com a obrigatória emissão de Cadastramento da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), além da criação de um adicional de insegurança.
“Convoco cada rodoviário (motoristas, cobradores e mecânicos) a participar dessa luta e das assembleias, onde tudo deve ser decidido, sem essa de reuniões a portas fechadas com os patrões”, afirma Wenceslau de Barcelos Machado, da Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e um dos demitidos políticos da Carris no ano passado (para relembrar o caso clique aqui).
Machado lembra que em algumas das 298 linhas que operam diariamente e regularmente em Porto Alegre há um assalto por dia. E em muitas ocasiões há agressões físicas a motoristas e cobradores. “A pauta foi aprovada e foi encaminhada aos patrões. Enquanto isso ficaremos em vigília contra possíveis manobras e seguimos convocando a categoria a participar das próximas assembleias. Quanto mais pressão fizermos, menos golpes serão capazes de passar!”,explica Machado.
As pautas foram construídas pelos rodoviários durante o ano de 2015, em debates ocorridos ao longo dos meses, sendo na sua maioria, pautas entregues pelos diretores de base das empresas e da diretoria efetiva do StetPOA (Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre).
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES:
– acréscimo salarial de 10% aos motoristas de articulados
– reajuste nos tíquetes: de R$ 21 para R$ 25
– criação de uma cesta básica no valor de R$ 90
– restante dos tíquetes das férias (os outros 50% dos tíquetes)
– redução do desconto do tíquete para 5%
– pagamento 15/30
– limite do intervalo intraturno para 2 horas (fim do intervalão)
– proibição da utilização das filmagens para punições sem direito à prévia e ampla defesa
– manutenção dos postos de trabalho das empresas pelo prazo de vigência da convenção coletiva
– direito de utilização do cartão funcional como passe-livre por tempo indeterminado aos trabalhadores afastados pelo INSS (hoje 12 meses)
– encaminhamento de pedido de adicional de insegurança aos rodoviários
– fim do desconto de R$ 10 no plano de saúde
– dispensa do serviço no dia e oferecimento de acompanhamento psicológico aos trabalhadores vítimas de assalto, com a obrigatória emissão de CAT
– pedido que as empresas adiram ao programa Vale Cultura do governo federal
– manutenção das demais cláusulas
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Carlos disse:
Adicional para motoristas de articulados?
É piada né!
Se alguém merece adicionais é quem trabalha em ônibus com motor dianteiro !
Na sua absoluta maioria articulados possuem motor traseiro ou central e câmbio automático!
JOSE CARLOS SANTANA disse:
O reajuste salarial de 11,65% e a reposição de 4% devem SEMPRE estar contemplados na Pauta de Reivindicações; faltou a tradicional “bandeira” de luta que é a redução da carga horária para 6 horas, sem redução salarial; Férias de 30 dias; Cabe reforçar e reiterar e FORMALIZAR com atas, etc as ASSEMBLÉIAS representativas, que nos darão salvaguarda das decisões da CATEGORIA. Divulgar as CONVOCAÇÕES de forma intensa, atrativa e motivadora…Evitar reuniões no meio da avenida, frente o Sindicato pelego e atrelado a patronal…respeitando a categoria, assegurando segurança, proteção contra a intempérie (sol, chuva) em local fechado como o Tesourinha, o Ginásio da Brigada Militar a Igr.Pompéia, etc…