O 6º Congresso do Sindicato dos Químicos Unificados ocorrerá de 19 (sexta-feira) a 21 de junho (domingo), na cidade de Louveira. O Congresso é um momento especial para o Unificados e para a categoria nas indústrias químicas e farmacêuticas de Campinas, Osasco e Vinhedo, pois é nele que serão avaliadas as ações aprovadas no 5º Congresso, em 2012, e agora serão discutidas e votadas as propostas de rumos políticos e lutas para até 2018.
Sindicato e trabalhadores, juntos, com muitas conquistas
O sindicato só existe, efetivamente, com a participação dos trabalhadores e com a prática da democracia operária.
Nos últimos tempos, com muita luta, o Unificados e os trabalhadores venceram as poderosas Shell/Basf no maior caso trabalhista da história do Brasil, garantiram aumento real em todas campanhas salariais, mantiveram conquistas importantes como redução da jornada de trabalho para 40 horas e licença maternidade no setor farmacêutico, além de muitas greves com melhorias nas jornadas de trabalho, condições de trabalho, cesta básica e convênios médicos, entre muitas outras conquistas.
Contra a economia globalizada,unidade internacional de classe
Os trabalhadores químicos e farmacêuticos não estão isolados. Todas as políticas, leis, medidas dos governos trazem impactos a todos(as) trabalhadores(as) do Brasil. Além disso, em uma economia globalizada, que alastra a exploração e opressão globalmente, exige união internacional dos trabalhadores. Por isso, o Congresso do Unificados é um momento de olhar para o todo e tomar uma posição.
O desafios em 2015
O ano de 2015 coloca muitos desafios para os trabalhadores. Há uma crise econômica, com o salto de 4% para 8% no nível de desemprego no Brasil, a inflação acumulada está em 8,47% e juros astronômicos em 13,75% ao ano.
A saída para crise que dos governos e patrões é sempre a mesma: “que os trabalhadores paguem a conta”. O governo Dilma implantou medidas que vem chamando de “ajuste fiscal”, que na prática significam um corte de R$ 69 bilhões nas áreas sociais como saúde, educação, transporte, entre outros. Aprovou as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam o acesso a direitos históricos como abono salarial, seguro desemprego e seguro defeso (aos pescadores), além de aumentar os valores para o consumo de energia e combustíveis.
Por outro lado, o governo federal salva a elite brasileira ao utilizar quase a metade do orçamento para pagar juros e amortizações da dívida pública aos banqueiros, concede R$ 187,7 bilhões para o agronegócio e anuncia o Programa de Investimento em Logística (PIL) que utilizará R$ 200 bilhões dos recursos públicos para investir em ferrovias, portos, aeroportos e rodovias para privatizar, ou seja, entregar a infraestrutura do Brasil para a burguesia lucrar.
Congresso Nacional conservador e reacionário
Hoje, com Eduardo Cunha à frente da Câmara dos Deputados e Renan Calheiros no Senado, o Congresso Nacional se apresenta como o mais reacionário e conservador das últimas décadas.
Estão em discussão um conjunto de ataques aos trabalhadores sem proporções na história, como é o caso do projeto de lei da terceirização. Ele tira direitos históricos dos trabalhadores ao promover redução dos salários, uma gigantesca rotatividade, maior jornada de trabalho, mais acidentes, maior divisão dos trabalhadores e sindicatos mais fracos, entre várias outras consequências.
Além da terceirização, vários outros projetos de lei são discutidos e aprovados como os da redução da maioridade penal, uma falsa reforma política que constitucionaliza o financiamento empresarial de campanha (que é a raiz de todo processo de corrupção) além de aumentar o tempo dos mandatos eletivos, entre outros retrocessos.
O 6º Congresso
Diante deste cenário, a categoria é chamada a participar do 6º Congresso do Unificados.
Os(as) trabalhadores(as) são agentes da história e, juntos, organizados e mobilizados, podem derrotar o ajuste fiscal, o projeto de lei das terceirizações e avançar em conquistas.
Durante o 6º Congresso será discutida a tese do Unificados, produzida pela direção do sindicato a partir dos debates durante os três encontros preparatórios, realizados de março a maio, que contaram com ampla participação da categoria.
O Congresso abordará os seguintes temas: “A Conjuntura atual e nossas lutas”, “Terceirização, ajuste fiscal e luta pelos direitos dos trabalhadores (as)”, “Fortalecimento da Unificação, da Intersindical e da união internacional dos trabalhadores (as)” e “Sustentação do sindicato, com autonomia e independência de classe”.
Serão tomadas decisões importantes, a exemplo do último congresso, em 2012, em Atibaia. À época, ficou decidido que o Unificados se filiasse à Intersindical, uma central que foi construída também pelo sindicato e que tem como fundamental a independência em relação aos patrões e governos e que tem crescido e se destacado nas lutas travadas neste último período contra as MPs e projeto de lei da terceirização.
Inscreva-se. Participe
O sindicato é todos(as) os(as) trabalhadores, unidos pelas lutas diárias em cada uma das fábricas e também pelo planejamento de ações futuras. Participe do 6º Congresso do Sindicato Químicos Unificados. Procure os dirigentes sindicais em suas regiões para se inscrever até o dia 17 de junho.
Tópicos relacionados
Comentários