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Intersindical abre seu III Congresso Nacional de forma presencial depois de 4 anos

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A Intersindical Central da Classe Trabalhadora volta a reunir suas lideranças sindicais e populares, quatro anos depois, para a realização de seu III Congresso Nacional, no auditório do hotel Monreale Plus, no centro de São Paulo.

“Com muita alegria estamos fazendo esse III Congresso de forma presencial, que era para ter acontecido em março de 2022, mas naquele momento ainda estávamos perdendo amigos e familiares pela pandemia de Covid e por irresponsabilidade daquele que estava na Presidência”, declarou Nilza Pereira Almeida, nova secretária-geral, que sucede Edson Carneiro Índio.

O último período na história do Brasil, de pandemia e ameaças antidemocráticas a partir da ascensão da direita radical, foi marcado pela opressão e violência contra mulheres, jovens, negros e indígenas, o que torna a eleição de Nilza ainda mais significativa no cenário nacional.

“A Intersindical dá um passo importante ao eleger uma mulher para a secretaria geral. Precisamos empoderar, abrir maior participação das mulheres em espaços de poder e luta política, lamentavelmente o movimento sindical ainda carrega um traço muito machista”, declarou Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), durante a abertura dos trabalhos, na sexta-feira à noite (10/03).

Desafios para o próximo período

Além disso, o retorno do Brasil ao mapa da fome e a vitória da frente ampla democrática que trouxe Lula de volta à Presidência, mostram o tamanho do desafio que foi e que ainda está por vir – temas que fundamentam o III Congresso.

“Aqui estão as pessoas que vão liderar a classe trabalhadora rumo a independência política, os sindicatos têm que ter papel independente em relação aos governos e autônomo em relação aos partidos”, destacou José Geraldo Corrêa Junior, o Geraldinho da Apeoesp, dirigente do MEOB.

Para Cassio Canhoto, da Corrente Unidade Classista (PCB), “não há como combater o neoliberalismo, o neofascismo e a conciliação enraizados em nossa sociedade sem um amplo debate nacional de classe. “Temos em comum a construção da Frente Povo Sem Medo, da Federação Sindical Mundial (herdeira legítima da Internacional desde 1945), e com certeza estaremos juntos nesse processo de reorganização da classe trabalhadora”, afirmou.

Richard Araújo, militante da Resistência Socialista do PSOL e Apeoesp, destacou a importância da unidade da esquerda em torno da candidatura Lula, único nome capaz de derrotar Bolsonaro, mas “sem que se deixe de lutar pelas mudanças profundas que não serão concretizadas com alianças junto a setores que promoveram o golpe e que estão no governo Lula”.

Juliano Medeiros, presidente Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ressaltou que integrar um partido da base governista “não significa dar cheque em branco a ninguém”. “Queremos revogar a reforma trabalhista, a reforma do ensino médio. A gente sabe que é possível vencer. Soubemos construir uma unidade sem deixar de lado nossas diferenças”, garantiu.

Movimentos populares

A visão aguçada e coerente da Intersindical em prol da economia solidária e da agroecologia foi destacada por Zelitro Luz da Silva, do MST. “Vocês são a expressão genuína da coerência daqueles que querem uma sociedade emancipada. Ter unidade não quer dizer que pensamos iguais, isso não é problema, desde que os rumos estratégicos estejam alinhados. Nossa tarefa histórica é colocar no lugar do agronegócio um modelo de agricultura que leve em conta qualidade de vida, alimentação saudável, respeite os bens da natureza, um projeto de agroecologia e a produção de consciência de classe”, disse.

Representando o MTST, Rud Rafael, lembrou que o Movimento dos Sem Teto completa 25 anos de existência e que “agora é hora de sairmos da resistência defensiva que vivemos nos últimos anos e ir para uma ofensiva política”.

Carina, da Frente Povo Sem Medo, aproveitou a oportunidade para convocar os cerca de 300 delegados de diversos sindicatos do Brasil presentes do evento a fortalecerem a Frente Povo Sem Medo nos seus respectivos estados para gerar novas sínteses organizativas. “Dia 21 de março será a data para a mobilização popular contra a taxa de juros”, informou.

Na noite de abertura foi lido e aprovado o Regimento do III Congresso. O evento continua neste sábado (11/03) e domingo (12/03).

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