Participação nos lucros e resultados (PLR), excesso de acidentes e recebimento do adicional de periculosidade foram as questões abordadas pelos trabalhadores e o Unificados em assembleia realizada na Fertilizantes Heringer S.A., em Paulínia, na manhã de hoje (14/08).
A Heringer tem cerca de 450 trabalhadores, produz fertilizantes básicos e especiais e está instalada no bairro Betel.
Participação nos lucros e resultados
A proposta da empresa para pagamento da PLR foi recusada diretamente pelo sindicato. Isso em razão de ela apresentar o mesmo esquema praticado há cerca de dez anos, no qual os trabalhadores sempre ficam sem receber nada além de valor idêntico ao do salário que cada um recebe.
Com a recusa, foi pedida à Heringer que faça uma nova proposta, com melhores condições.
Durante todos estes anos, no início do segundo semestre a Heringer paga, a título de antecipação da PLR, um valor correspondente ao salário do trabalhador. Quando chegar em março, no momento do cálculo final, a empresa alega que teve prejuízo e os trabalhadores nada mais recebem.
Outro problema é que a Heringer coloca em uma conta única o resultado financeiro somado de todas suas unidades, que são em número de 23 por todo o Brasil. Isso rebaixa os valores finais reais da unidade de Paulínia, que é sua matriz e o local de trabalho e produção da categoria na Regional Campinas do Unificados, manobra que traz prejuízos para os trabalhadores.
Além disso, para justificar o não pagamento da PLR, a Heringer coloca como “prejuízo” a dívida que contrai quando faz investimentos na compra de nova unidade no país. Ou seja, para os trabalhadores a Heringer diz que seu investimento é um prejuízo que tem.
Quando chegar a nova proposta da empresa ela será apresentada e discutida com os trabalhadores em nova assembleia.
Acidentes e periculosidade
Atualmente, na unidade de Paulínia da Heringer, são feitas abertura de cinco Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Ou seja, na empresa ocorre um excessivo número de acidentes e/ou adoecimentos no local de trabalho.
Outra questão é a deficiência na área da empresa dos equipamentos de proteção coletiva (EPC). A poeira no ar, na área, é visível. E ela é carregada de partículas que são respiradas diariamente pelos trabalhadores.
Esta poeira é formada pela movimentação de, entre outros, pastilhas de enxofre e micronutrientes. À poeira soma-se o ruído excessivo da movimentação de caminhões, retroescavadeiras e do maquinário de produção.
A Heringer nada paga a título de adicional periculosidade. Por esta razão, desde 2011 o Unificados move um processo na Justiça do Trabalho contra a empresa, cobrando o pagamento do adicional e fiscalização e exigência de melhorias nas condições de saúde e segurança no local.
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