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Bancários de volta ao trabalho após 21 dias de greve

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INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora

A quarta maior greve da história da categoria bancária foi encerrada nesta segunda-feira (26) após assembleia que determinou o fim dos 21 dias de confronto acirrado dos trabalhadores com os banqueiros. Ficou acertado um reajuste de 10% sobre os salários, o piso e a participação nos lucros e resultados (PLR), além de um reajuste de 14% para os vales-refeição e alimentação.

A parcela adicional será de 2,2% do valor do lucro líquido distribuído linearmente.

Mesmo com a pressão exercida pelo governo e por bancos privados para redução de salário, na mesa de negociação, os bancários se mantiveram firmes no propósito de evoluir o índice negociado. “Houve uma tentativa de sufocar a categoria de todas as maneiras, mas nós resistimos”, diz Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e diretor da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

Queda de braço

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) iniciou as negociações oferecendo míseros 5,5%, quase metade da inflação do INPC, que é de 9,88%. Os bancários rejeitaram de imediato e entraram em greve no dia 6/10. Na terceira semana do movimento (20/10), que crescia dia a dia, houve uma oferta rebaixada de 7,5%, rejeitada de imediato na mesa de negociação.

Os banqueiros começaram a enrolar e o objetivo de não dar sequer a inflação elevou a proposta para 8,75%, o que também foi rejeitada. A queda de braço se estendeu até a última sexta-feira (23/10) quando a Fenaban ofereceu 10%. As outras cláusulas, no entanto, só terminaram de ser negociadas domingo (25/10), pois os banqueiros insistiam em descontar os dias parados até que aceitaram abonar parte das horas não cumpridas durante a greve. Com isso, os funcionários vão trabalhar uma hora a mais até o dia 15 de dezembro.

Em São Paulo, os bancários da capital, de Osasco, Santos e de 15 municípios da região voltam ao trabalho nesta terça-feira (27/10). A greve foi encerrada nacionalmente. Apenas os bancários dos estados de Mato Grosso e de Roraima decidiram continuar em greve. Alguns trabalhadores de bancos públicos permanecem em paralisações nos estados, em busca de uma pauta específica.

AssembleiaBancFInal2015 (15)p

Vera Marchioni, dirigente do Coletivo Bancários na Luta.

Foto: Nelson Ezídio

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