INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
Primeiro dia fecha conta com adesão de centros administrativos e agências de diversos bancos
Após cinco rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continuou irredutível e ofereceu os vergonhosos 5,5% de reajuste aos bancários sobre os salários, a PLR e demais verbas de caráter salarial, mais abono de R$ 2,5 mil. A proposta foi rejeitada por unanimidade e a greve geral por tempo indeterminado começou a ser deflagrada nesta terça-feira (6) .
“Abono significa perder mais de 4% do salário. É pago somente uma vez e ainda com descontos do imposto de renda e do INSS. Além de não incorporar no FGTS, na aposentadoria e no 13º salário. É uma chantagem, enganação que corrói os salários dos bancários. A categoria reivindica 16% de aumento salarial e maior distribuição dos lucros”, explica Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e diretor da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Embora os banqueiros falem em crise, obtiveram lucro líquido de R$ 36,3 bilhões no 1º semestre deste ano, mas propuseram aos bancários apenas 5,5% de reajuste para salários, PLR, vales e auxílios, que nem chega perto de cobrir a inflação de 9,88% no período (INPC) e representa perda de 4% para a categoria. Esse resultado – alcançado por BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander – é 27,4% maior que o obtido no mesmo período de 2014.
Contingenciamento
Ao invés de se negociar para apresentar proposta decente aos bancários, mais uma vez os bancos estão se organizando para desrespeitar o direito de greve dos trabalhadores.
Santander, Itaú e Banco do Brasil já estão colocando em prática os contingenciamentos, contrários à lei e até à Constituição Federal. Evidenciado pela transferência de departamentos inteiros ou agências para outros prédios.
Em São Paulo, Osasco e região foram paralisados o GPSA do Itaú, na Lins de Vasconcelos; Casa I e III do Santander; Bradesco Nova Central; Bradesco Prime na Avenida Paulista; Núcleo Alphaville do Bradesco; Centro Administrativo Raposo do Itaú; e também o prédio do Itaú da Rua Fábia, historicamente utilizado para a tentativa de contingenciamento, e outro na Rua Teodoro Sampaio utilizado para o mesmo fim.
Agências na região central, Avenida Brigadeiro Faria Lima e Avenida Paulista e região foram outros locais que pararam. O movimento deve crescer para outras regiões ao longo dos dias.
A greve é por tempo indeterminado com o objetivo de arrancar uma proposta digna da federação dos bancos.
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