Paralisação faz parte do Dia Nacional de Mobilizações contra a Terceirização e o Desmonte da Previdência, rumo à GREVE GERAL!
Os bancários da Baixada Santista paralisam nesta sexta-feira, 31/3, diversas agências bancárias em Santos contra a terceirização irrestrita e o desmonte da Previdência Social planejado pelo ilegítimo governo Temer. A ação faz parte do Dia Nacional de Mobilizações, rumo à greve geral.
As agências ficarão paralisadas até o meio-dia. Em seguida, haverá ato unificado na Praça Mauá reunindo diversas categorias e entidades de luta da região.
Às 17 horas, em frente à Estação da Cidadania (Av. Ana Costa,340), serão realizadas apresentações culturais, falas das entidades e movimentos sociais, entre outras manifestações.
“O povo brasileiro está sob ataque. A terceirização, o desmonte da Previdência e a reforma trabalhista são alguns dos mecanismos para retirar direitos da classe trabalhadora. Há 53 anos, em 31 de março de 1964, houve o golpe Civil-Militar no Brasil. Hoje, lutamos contra o golpe que está acontecendo agora contra a população e seguimos rumo à greve geral, dia 28 de abril”, afirma Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Usando a manobra de “ressuscitar” um projeto de 1998, a Câmara dos Deputados aprovou a terceirização irrestrita (atividades meio e fim de uma empresa) no último dia 22 de março. A proposta, que precariza as condições de trabalho de todas as categorias, está na mesa de Temer para sanção.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese) aponta que a taxa de rotatividade no emprego é duas vezes maior nas atividades terceirizadas em relação aos contratos diretos. Já os salários dos terceirizadas são, em média, 23,4% menor do que o dos contratados diretamente pela empresa. Além disso, a maior parte dos acidentes de trabalho são com terceirizados, que também são submetidos a jornadas de trabalho maiores.
O nefasto projeto de desmonte da Previdência Social tem como reais objetivos acabar com a aposentadoria da maioria do povo e empurrar as pessoas para previdências privadas, engordando ainda mais os lucros dos banqueiros. A proposta se baseia na alegação mentirosa de que a previdência apresenta déficit.
“Só as isenções dadas para as empresas já superam o valor do suposto ‘rombo na previdência’ dito pelo governo”, afirma Eneida Koury. O governo deixa de arrecadar aproximadamente R$ 452 bilhões por ano com desonerações tributárias.
Além disso, o governo ignora a necessidade de cobrar os devedores da Previdência. Segundo o economista Anselmo dos Santos, da Unicamp, “empresas têm dívidas com a Previdência Social que somam mais de R$ 500 bilhões”.
Porém, a intenção é fazer a classe trabalhadora pagar a conta. Atualmente, 66% dos benefícios pagos pela Previdência vão até no máximo 1 salário mínimo, segundo dados do Dieese.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região
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