Aconteceu neste fim de semana, entre os dias 2 e 4, em São Paulo, a 21ª Conferência Nacional dos Bancários. Neste ano sob a temática ‘Nossa Luta é Pela Soberania Nacional, Democracia, Direitos e Contra a Privatização’, a atividade reuniu trabalhadoras e trabalhadores bancários de todos os estados pelo Brasil.
Sendo uma evento de âmbito nacional, os trabalhadores bancários dedicaram boa parte das atividades para se dedicarem a refletir sobre a dura conjuntura atual que se estabeleceu no Brasil. Principalmente com o novo Governo de Jair Bolsonaro (PSL), e seus planos de desmonte do Estado.
“Se que queremos retomar a luta neste país, no sentido de derrotar o desmonte que está colocado, temos de nos ligar ao que é mais sentido pelo povo trabalhador. Temos de nos ligar aos mais de 53 milhões de desempregados e subempregados, aos 30 milhões de pessoas que que conseguem uma ocupação remunerada em um bico, mas não têm direito nenhum, temos de nos ligar às necessidades da juventude sem emprego, sem educação e sem perspectiva de futuro, temos de nos ligar aos milhões que estão na pobreza extrema, temos de nos ligar às necessidades mais sentidas do nosso povo. Só assim nós vamos conseguir restabelecer um diálogo e uma reconexão fundamental para enfrentar o desmonte do Estado, dos direitos sociais, a ultra direita e os planos do capital financeiro e poder recolocar uma perspectiva de poder para os trabalhadores”, alertou Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical.
O debate de conjuntura teve como convidados os ex-candidatos à Presidência Guilherme Boulos (PSOL-MTST) e Fernando Haddad (PT), além do senador chileno Alejandro Guillier, que analisou as semelhanças da situação social do Chile com o Brasil atualmente.
O domingo, último dia da conferência, foi dedicado a debate e aprovação de propostas para fortalecer e ampliar os direitos de quem sobrevive do trabalho bancário.
Foram aprovadas deliberações importantes para a soberania nacional do país, para a defesa do emprego, contra as privatizações das empresas públicas e dos acordos coletivos nacionais.
No âmbito da conjuntura nacional, os bancários reforçaram a luta em defesa da saúde do trabalhador, pela liberdade de imprensa, apoio ao jornalista do The Intercept, Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL-RJ) e em defesa da liberdade do ex-presidente Lula.
Os bancários e bancárias presentes aprovaram a participação nas atividades das centrais sindicais, como as manifestações contra a reforma da Previdência (06/08) e em defesa da Educação (13/08).
Ao todo, o evento reuniu mais de 600 delegadas e delegados de diversos lugares do Brasil.
Texto e vídeo: Alexandre Maciel
Foto: Nelson Ezídio
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