Nesta sexta-feira, 19, bancários e bancárias paralisaram até as 11 horas da manhã as agências do Banco do Brasil na Glória e no Centro, em Vila Velha, e em Jucutuquara, Fernando Ferrari e Jardim Camburi, em Vitória, contra as novas medidas de reestruturação implementadas pelo banco. Diretores e diretoras do Sindicato conversaram com clientes e funcionários sobre os impactos da reestruturação e sobre a necessidade de resistir ao desmonte do Banco do Brasil. Atividade fez parte de um dia de luta nacional organizado pelo movimento sindical bancário.
Entre mudanças em curso estão o encerramento de unidades, a centralização de serviços bancários e até a extinção de 1.200 caixas nas agências em todo o país, precarizando ainda mais o atendimento aos clientes. O banco também retira direitos dos bancários com corte de funções, rebaixamento de salários e imposição de troca de local de trabalho. No Espírito Santo, o banco pretende acabar com 97 vagas de funções comissionados e criar 75, uma redução de 22 funções.
As agências paralisadas nesta sexta-feira estão entre as mais impactadas pelo programa de reestruturação, com perdas de funcionários e outros prejuízos. Só na agência Vila Velha, 10 funções serão suprimidas, entre gerente de negócios e assistentes. Na Glória serão 6 vagas extintas, incluindo funções comissionadas, escriturários e caixas; e em Jardim Camburi, agência que já opera com o quadro funcional reduzido, 3 cortes. Na Fernando Ferrari, foram seis demissões entre escriturário, gerente de relacionamento e assistente.
Para Evelyn Flores, diretora do Sindibancários/ES, outro problema da reestruturação é a forma como ela vem sendo feita, “sem nenhum diálogo com trabalhadores”. Ele também destaca os impactos para os usuários do banco. “Quem sofre mais é a população. Sabemos que as agências vão ficar com atendimento cada vez pior, porque não há bancários suficientes. Isso está acontecendo por conta desse desgoverno de Temer, que está entregando o país com a tentativa de privatização dos bancos públicos. Ou fazemos um movimento de resistência ou o banco vai fazer o que quiser, penalizando os empregados e os clientes”, frisou.
A diretora Evelyn Flores também apontou a necessidade de somar forças com a população e destacou que o movimento sindical tem que dar uma reposta aos desmontes, seja com uma greve ou movimentos mais fortes.
A implementação de agências digitais também foi comentada pelo diretor Thiago Duda.“O BB está criando agências digitais para ficar longe da população e também aquelas voltadas ao público de maior renda e grandes empresas. As que atendem o público em geral estão sendo precarizadas”, aponta Thiago Duda. Segundo ele, o processo mais violento da reestruturação começou no final de 2016 e nesse memento encontra-se na segunda etapa. “É preciso frear esses ataques, por isso é tão importante o Sindicato dialogar com clientes e funcionários do banco durante essas ações”, finalizou.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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