→ Trabalhadores do Santander paralisam nacionalmente contra a implantação da Reforma Trabalhista
A reforma trabalhista de Temer deixou o Santander livre para demitir em massa, fracionar férias e alterar regras para não pagar horas extras, e ainda mudar datas do crédito do salário e 13º unilateralmente, sem negociar com os trabalhadores
O movimento sindical entregou documento cobrando a revogação dessas medidas e abertura de negociação. Por conta desses ataques aos direitos foi instituído o Dia Nacional de Paralisação do Santander, nesta quarta-feira, 20/12/2017. Portanto a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, o Sindicato dos Bancários de Santos e Região e o movimento sindical nacional bancário paralisaram o Santander. Em Santos foram fechadas totalmente, por 24h todas, as 14 unidades do banco espanhol na cidade. No Brasil foram milhares, incluindo a sede em São Paulo!
“Como o Sindicato vem publicando em seus informativos e site, estas reformas afetam diretamente os bancários. Visando precarizar o trabalho retirando direitos, rebaixando salários e aumentando o assédio por metas e lucros recordes. Sem qualquer negociação com os trabalhadores, o banco está impondo mudanças conforme sua vontade sobre a prerrogativa de demitir os bancários caso não aceite seus termos”, afirma Ricardo Saraiva Big, presidente em exercício do Sindicato dos bancários de Santos e secretário de Relações Internacionais da Intersindical.
Sem falar que já está em andamento a demissão em massa. Nos últimos dias já desempregaram mais de 200 funcionários, em plena época de Natal, somente na grande São Paulo. Na Baixada, em 2017, foram demitidos 62. Somente de novembro até agora 11. Contribuindo para o caos social vivido no país.
Impor aos bancários um termo individual que estabelece normas para Banco de Horas na instituição. No documento, fica estabelecida a possibilidade de prorrogar em até 2 horas a jornada de trabalho, sendo que a compensação destas horas extras pode ser feita em até seis meses da data de ocorrência. Caso contrário ela fica para os cofres do Santander.
Banco de Horas sempre gera prejuízo aos trabalhadores. Por exemplo, a hora- extra deve ser paga sempre em dinheiro, acrescida de adicional de 50%, com reflexo nas demais verbas. Mas segundo o termo do banco espanhol, a razão é 1 hora extra para 1 hora de compensação.
O banco também anunciou que a partir de março o salário passará a ser creditado no dia 30 e não mais no dia 20. E o décimo terceiro, que era pago em março e novembro, passará para os meses de maio e dezembro.
O Santander vai pressionar os funcionários para que em 2018 aumentem o lucro de R$ 10 bilhões para R$ 12 bilhões, ou seja, um aumento de 20%. Sendo que o banco espanhol já retira no Brasil 25% de seu lucro mundial. O maior lucro de todos os países onde existem filiais.
“Por isso todos os funcionários devem acompanhar as medidas tomadas pelo Sindicato e denunciar a exploração e o assédio”, diz Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionário do banco.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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