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DE BRAÇOS CRUZADOS: Balanço da Greve Geral

DE BRAÇOS CRUZADOS: Balanço parcial da Greve Geral
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Metroviários, professores, químicos, bancários, petroleiros, metalúrgicos, servidores públicos, entre outros, aderem a greve geral. No fim do texto, acompanhe o que já rolou pelo país!

O Brasil amanheceu de greve, nesta sexta-feira. De norte a sul do país, a classe trabalhadora enfrenta o desemprego e as ameaças de intimidação e realiza expressiva paralisação nacional em defesa da aposentadoria, dos empregos e da educação pública.

Apesar de a mídia tentar manipular o povo brasileiro, buscando passar a ideia de que o relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB/SP) excluiu os principais ataques ao povo na deforma da previdência, os trabalhadores amanheceram o dia paralisando os locais de trabalho. Já os movimentos populares realizaram importantes manifestações em avenidas e rodovias.

Na capital paulista, apesar do recuo da direção do sindicato dos condutores e dos ferroviários, o movimento sindical garantiu importantes paralisações, como nas escolas, na indústria, nos bancos, no setor público, entre outros. Mesmo assim, os trabalhadores do Metrô de SP mantiveram-se firmes e paralisam a circulação dos trens, sendo fundamentais para a defesa do direito à aposentadoria. Na Baixada Santista, nas regiões de Campinas, Osasco, Barueri, Sorocaba, Guarulhos, ABC, tivemos também um bom quadro de mobilizações.

Em muitas regiões houve forte repressão, como em Porto Alegre, Vitória, Rio de Janeiro. Em outros locais, como em Curitiba e na região central de Minas Gerais, o aparato do Estado impôs forte tensão. Mas a classe trabalhadora não recuou.

“Apesar da intimidação, da aplicação de multas aos sindicatos e das ameaças de demissões, a classe trabalhadora manda um importante recado ao Congresso Nacional e ao governo. Nós não vamos aceitar o fim do direito à aposentadoria”, afirma Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical.

As fortes mobilizações que houve no mês de maio, a pressão do movimento sindical e da bancada de oposição no Congresso são responsáveis pelo recuo feito pelo relator da PEC 06, ao tirar a desconstitucionalização e a capitalização tão sonhada pelo ministro banqueiro Paulo Guedes. “No entanto, o relatório do deputado Samuel Moreira manteve as principais medidas de ataque contra o povo trabalhador. Idade mínima de 65 e 62 anos, aumento de 15 para 20 anos do tempo de contribuição para a aposentadoria por idade, fórmula de cálculo do reajuste que vai tungar, no mínimo, 30% do valor de quem conseguir se aposentar, redução da pensão por morte pra 50% do benefício, entre outras crueldades inaceitáveis, são razões de sobra para não apenas, seguir a luta, mas para intensificar o esclarecimento, a organização e a luta do povo brasileiro para derrotar o relatório do tucano Samuel Moreira”, afirma Índio.

Além de seguir a luta contra a deforma da previdência, nossa luta vai centrar na defesa de empregos para as milhões de pessoas que se encontram no desespero e na angústia do desemprego. Nossa luta se soma, também, à juventude brasileira, contra os cortes na educação pública.         

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