Na semana passada, o novo presidente do Bradesco Octavio Lazari declarou na mídia nacional que o segundo maior banco privado do país estuda fechar até 200 agências este ano como parte da estratégia de expandir os serviços digitais. O corte faz parte da revisão da rede de 4.750 pontos de atendimento.
Depois de adquirir o HSBC Brasil, em 2016, e agregar 800 agências do banco, o Bradesco fechou 565 unidades no ano passado. Com essa declaração, fica claro que o objetivo é reduzir custos para lucrar ainda mais – foram R$ 19 bilhões em 2017. Na primeira lista das economias está o quadro funcional.
Em 2017, o Bradesco fechou 9.985 postos de trabalho. Em julho do mesmo ano, lançou um PDVE (Plano de Desligamento Voluntário Especial), responsável pela saída de 7,4 mil funcionários.
Para Fabrício Coelho, diretor do Sindibancários/ES, a declaração do presidente do Bradesco reforça a falta de compromisso do banco com o atendimento à população. Segundo ele, o projeto de enxugamento de quadro de empregados “é uma implementação da reforma trabalhista, mesmo com a lucratividade anual recorde do banco”.
“Defendemos a estatização do sistema financeiro, numa lógica de colocá-la a serviço da população, seja para o amplo atendimento, independente de serviço ou renda, seja pela garantia do emprego de seus funcionários, e também de colocar o seu resultado (seu lucro ou serviços), plenamente a serviço do povo”, acrescenta o diretor do Sindicato.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, com informações divulgadas na Folha de São Paulo / Foto: Egberto Nogueira/ImaFotogaleria
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