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Caixa elimina mais de 3 mil postos de trabalho e sobrecarrega ainda mais seus empregados

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Apesar de ser líder em reclamações de clientes no Banco Central, e apresentar escassez de empregados, a Caixa anunciou a eliminação das vagas deixadas pelos bancários que aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), realizado neste ano. Mesmo com lucro líquido de R$ 6,5 bilhões até setembro deste ano, a Caixa alega que as adequações na Lotação Autorizada de Pessoal (LAP) foram realizadas para atender ao limite imposto pelo Ministério do Planejamento.

No entanto, a manutenção de apenas 97 mil empregados na Caixa representa o agravamento das situações de adoecimento da categoria e do precário atendimento à população. Além disso, quando a Caixa assinou o Acordo Coletivo 2014/2015 havia autorização para o banco ter 103 mil empregados, número já considerado insuficiente para atender a demanda existente. A Caixa não apenas descumpriu o acordo para contratar mais dois mil empregados, como reduziu o número de trabalhadores após o PAA.

“A Caixa está cada vez mais seguindo a lógica dos bancos comerciais, com uma gestão focada apenas no lucro em detrimento da saúde dos empregados e de um atendimento de qualidade aos seus clientes. A precarização do trabalho e dos serviços são estratégicos para que o governo coloque em prática o plano de privatização da Caixa. Não podemos aceitar esse golpe. A Caixa tem um papel fundamental na execução de políticas públicas e devemos lutar pela contratação de mais empregados”, enfatiza a diretora do Sindibancários/ES, Lizandre Borges. 

Mais empregados já

Enquanto a realidade nas unidades de todo o país é de empregados sobrecarregados e mais doentes, e de clientes e usuários sofrendo à espera de atendimento, cerca de 30 mil aprovados no concurso público de 2014 continuam aguardando convocação. Neste ano, mais de 3 mil trabalhadores do banco deixaram a empresa por meio do PAA.

Nesta quarta-feira (25), a Caixa deve protocolar, no Ministério Público do Trabalho, um cronograma de contratações dos aprovados no concurso público realizado em 2014 ou um estudo em que dimensione as contratações a serem feitas até dezembro deste ano, como prevê a cláusula 50 do ACT 2014/2015, ou até junho de 2016, quando termina a validade do certame. A exigência foi feita pelo procurador Carlos Eduardo Brisolla.

Também está sendo apurada pelo Ministério Público do Trabalho denúncia de não cumprimento pela Caixa da Lei de Cotas para Pessoas com Deficiência Física, os PCD’s. A procuradora Ana Cláudia Monteiro recebeu, nesta segunda-feira(23), uma comissão de concursados e o assessor jurídico da Fenae, Paulo Roberto Alves da Silva. Na oportunidade, os aprovados repassaram à procuradora do trabalho documentos relatando o problema.

Abaixo-assinado

Uma das ações para forçar a Caixa a contratar mais empregados é a coleta de apoio ao abaixo-assinado, em todo o país. O objetivo é chegar a 100 mil assinaturas até o final de janeiro. As folhas podem ser baixadas no site da Fenae.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

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