O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (5), o Projeto de Lei 4567/16, de autoria do então senador José Serra (PSDB), que libera multinacionais para explorar o pré-sal brasileiro sem a participação da Petrobrás, que detinha 30% de participação mínima. Além disso, a companhia deixa de ser a operadora de todos os blocos de exploração do pré-sal, como previa o regime de partilha de produção.

“Com isso, mais uma vez é imposto ao Brasil o papel de país-colônia. Já levaram nosso ouro, pau-brasil e o café. Agora, aprofundam a entrega do petróleo brasileiro”, diz a nota do Sindipetro-SP.

Os deputados precisam votar ainda os destaques apresentados ao texto, que podem, se aprovados, manter a atual obrigação – cenário improvável. Na votação desta quarta, foram 292 votos a favor do projeto e 101 contra.

Durante toda a sessão, assim como em outras oportunidades, a oposição obstruiu os trabalhos para adiar a votação e assim ganhar tempo para ampliar a campanha junto à sociedade contra a entrega desta riqueza.

Além disso, desde o início da semana dirigentes petroleiros da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) marcaram presença em Brasília para pressionar os deputados.

Apenas uma expressiva mobilização popular que envolva toda a sociedade brasileira será capaz de barrar esse crime de lesa pátria.

Mais uma vez, os deputados entreguistas usaram como argumento a suposta incapacidade da Petrobras para ser operadora única do pré-sal. Para eles, pouco importa se a exploração e produção será executada por multinacionais que enviarão todo o seu lucro para o exterior. Aliás, este é o objetivo desses parlamentares.

Veja abaixo como votou cada deputado:

INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora