As Centrais Sindicais, no Pará (CTB, CGTB, NCST, FS, CSP Conlutas, CUT, UGT, CSB e Intersindical), manifestam sentimentos de pesar pelo assassinato do sindicalista Carlos Cabral Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rio Maria (STTR), no sul do Pará, e diretor da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB Pará, assassinado com vários tiros na tarde desta terça-feira (11), em Rio Maria/PA.
Em Rio Maria, “a terra da morte anunciada”, teve em dezembro de 1985 o assassinato do sindicalista e presidente do STTR, João Canuto, e seu sucessor Expedito Ribeiro de Souza, foi assinado em fevereiro de 1991, Cabral genro de João Canuto, a época (1991), e sucessor de Expedito, foi ferido num atentado a bala a mando do latifúndio em 4 de março de 1991, ou seja, um mês depois do assassinato de Expedito Ribeiro. E cinco anos após a morte de João Canuto, em 22 de abril de 1990 três de seus filhos, Orlando, José e Paulo Canuto, foram sequestrados e dois deles José e Paulo foram assassinados, somente Orlando Canuto escapa gravemente ferido.
No período histórico na luta pela posse da terra várias outras lideranças sindicais, religiosas e políticas, os “marcados para morrer”, foram eliminados fisicamente pela bala do latifúndio improdutivo paraense, e hoje, no transcurso dos 32 anos do assassinato do advogado dos trabalhadores rurais, o deputado estadual Paulo Fonteles (PCdoB/PA), é assassinato Cabral em plena luz do dia em Rio Maria, sul do Pará.
As Centrais Sindicais exigem a imediata e exemplar apuração e elucidação do assassinato de Cabral, a retomada da paz no campo, a política e a cultura da paz contra o discurso e a cultura do ódio e da violência pregada pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Viva a livre organização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Carlos Cabral Pereira, presente!
Belém-Pará, 11 de junho de 2019.
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