Arrocho salarial, a resposta é greve!!
O ano nem começou e os governos de plantão no estado do ceará estão promovendo uma verdadeira escalada de arrocho salarial. Além de promover o sucateamento do serviço público contra os servidores públicos em nível municipal e estadual. Essa realidade está presente em vários municípios que no momento travam uma luta para garantir no mínimo a reposição da inflação deste ano.
Nesse contexto, o Governador Camilo Santana (PT), até o momento não anunciou nenhuma proposta de reajuste para os servidores. E, ainda, teve a coragem de pedir dois meses de paciência aos servidores, para apresentar qualquer proposta de reajuste. A desculpa todo mundo já sabe: É a chamada crise! Agora tudo se resume nessa palavra. Como se os trabalhadores tivessem culpa! Em resposta, os professores já estão se mobilizando com assembleia marcada para o dia 19 de abril, com pauta de greve da categoria.
Em Fortaleza, apesar de toda mobilização dos servidores, com a câmara lotada, o Prefeito Roberto Cláudio (PROS), encaminhou projeto de lei que propôs parcelamento e ganho zero de reajuste para os trabalhadores. Ressalte-se ainda, que o projeto teve o apoio da maioria expressiva dos vereadores da base do governo. Enquanto isso, o SINDIFORT está chamando um grande ato público para o dia 14 de abril. A luta tem que continuar em defesa de um reajuste digno com ganho real para os servidores do município de Fortaleza.
Já no interior do estado, essa política de ataques e retirada de direitos dos servidores mantém-se mais acentuada. No município de Barbalha, os servidores da saúde estão prestes a completar um ano de greve. É bom frisar que a administração é comandada pelo PT. Em Juazeiro do Norte, nós temos várias categorias em greve.
As categorias aprovaram a greve no último dia 18 de março do corrente ano. A paralisação envolve servidores da saúde, Meio Ambiente, Guarda Municipal, Agentes Comunitários e outros setores importantes do município. No dia 07 de abril, centenas de trabalhadores tiveram que ocupar o plenário da casa legislativa, para evitar aprovação da mensagem de lei que propunha reajuste de 7%, abaixo da inflação.
Não obstante a tudo isso, observa-se que a crise da economia brasileira, que se agrava com a crise política, é um problema causado pela elite burguesa deste país. O trabalhador jamais irá pagar essa conta, daí a importância da unidade de classe para fortalecer as greves e mobilizações em curso, numa perspectiva de barrar o pesadelo de mais uma reforma da Previdência Nacional e ainda o PL 257 do Governo Federal. Por isso, a organização dos trabalhadores é o caminho!
*Valdir Medeiros de Medeiros é membro da Direção Nacional da INTERSINDICAL
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