É gravíssima a escalada da violência, do fascismo e da degeneração da democracia brasileira, golpeada desde 2016. O infame assassinato de Marielle e os ataques a tiros à caravana de Lula na tarde de ontem, dia 27, entre outros atentados de violência, são demonstrações inequívocas de que os setores democráticos, progressistas e da esquerda precisam conformar uma ampla frente democrática contra o fascismo e o avanço da direita.
É necessário repudiar com veemência a tentativa de intimidação e os atentados contra Lula e sua caravana pelo sul do Brasil. A omissão dos governos da região, do governo federal e do judiciário seletivo e partidarizado é igualmente grave e indicativo dos riscos que se apresentam para o conjunto do povo brasileiro. Situações como essas no passado desembocaram em décadas de Estado de Exceção. As ameaças ao ministro Fachin também se inserem nesse contexto.
Declarações de Geraldo Alckmin e Dória, tentando justificar a infâmia do campo político que essas candidaturas querem ocupar, na disputa de votos com Bolsonaro, e as declarações do ilegítimo e golpista Michel Temer elogiando o golpe de 1964 demonstram a gravidade da escalada reacionária e fascista.
A defesa da democracia, da liberdade de organização e manifestação e a apuração e punição rigorosa dos atos de violência e enfrentamento ao fascismo e ao avanço da direita são questões que precisam soldar a unidade popular.
Concordo plenamente com o que declarou pelo twitter o companheiro Guilherme Boulos, “as agressões contra a caravana de Lula são graves. Temos visões diferentes na esquerda e é legítimo que se expressem em distintas candidaturas. Mas isso não pode nos impedir de sentar na mesma mesa para defender a democracia. O momento exige. Com fascismo não se brinca”, conclui Boulos, liderança do MTST e pré-candidato à presidência da República numa aliança de movimentos sociais com o PSOL.
Nossa solidariedade ao presidente Lula e à sua caravana. As diferenças políticas não podem nos cegar e impedir de enxergar os verdadeiros inimigos da classe trabalhadora e do Brasil: o rentismo, a mídia corporativa e manipuladora, o judiciário partidarizado, a direita e os fascistas chocados no ovo da serpente do golpe de 2016.
Edson Carneiro Índio
Secretário Geral da Intersindical
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