Correntes políticas destacam o protagonismo da Intersindical

Imagem: Comunicação da Intersindical
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As diversas correntes políticas que compõem a Intersindical expuseram na manhã deste sábado (10/03) suas visões sobre a conjuntura e o posicionamento da central desde o seu surgimento até os dias atuais.

A construção da democracia, com Lula como o primeiro operário a ocupar a Presidência da República e Dilma Rousseff sendo a primeira presidenta, segue em luta pela consolidação, pontuou Ailma Manã.

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Ela também destacou a importância de consolidarmos a Intersindical Central da Classe Trabalhadora nos estados, municípios e locais de trabalho como forma de manter a combatividade e o equilíbrio de forças neste processo democrático de coalisão.

Matheus Lima, professor e integrante da Primavera, lembrou que a Intersindical foi protagonista desde a sua fundação. “Muitos de nós éramos parte da CUT e saímos pela crítica ao sindicalismo praticado, restrito a organizar os trabalhadores formais e também pela postura que durante o governo Lula era: ‘pára, segura o movimento e deixa que o governo resolva’. Para nós era hora de novos desafios. Estava claro que a classe trabalhadora não ia ter carteira assinada, e esses eram os desafios organizativos”.

Em 2013, no governo Dilma, a Intersindical identifica a mobilização orquestrada pela direita e firma em um documento a importância de organizar a sociedade por meio de frentes populares. “A iniciativa acabou virando duas frentes, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo”. “Este acerto possibilitou que a gente mesmo sendo uma central pequena conquistasse respeito nas altas instâncias de poder”, afirmou Karina Fernandes, militante da Povo Sem Medo e das Brigadas Populares.

Agora trata-se de um momento singular. Isso vai exigir um novo posicionamento político diante da realidade que está para ser interpretada.

“A central esteve em todos os atos contra a retirada de direitos e contra o golpe, a Assufurgs, inclusive, foi a primeira a realizar um ato pela democracia em 2022 lotando o auditório da UFRGS ”, lembrou Neiva Lazzarotto, do Fortalecer. “Não podemos abdicar do papel histórico das organizações classistas que é organizar e mobilizar a classe. Lula disse: ‘pressionem’. Porque ele sabe que é constantemente pressionado pelos setores da direita que estão no governo”, explicou.

Para o policial Amauri Soares, da Iniciativa Comunista, “temos uma burguesia que detesta o povo, não se sente parte do povo e prefere se aliar aos imperialistas como força subserviente. “Nossas Forças Armadas foram organizadas para massacrar o próprio povo”, afirmou.

Além de deter e não deixar o fascismo crescer no Brasil o desafio atual é mais complexo. “É preciso manter a autonomia e a soberania da classe trabalhadora. Para isso, precisamos de protagonismo próprio da classe trabalhadora, SUS público e regulação 100% estatal para impedir entrada de interesses privados. Equidade para reduzir condições desiguais a que são submetidas as mulheres, negros, indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, deficientes, LGBTIQA+ e desmilitarização das polícias, entre outros pontos”.

Mané Gabeira, dos Bancários na Luta, destacou que no cenário nacional a democracia se transformou em esperança. “Ganhamos a eleição entre as pessoas que ganham até dois mínimos, no Nordeste. Temos que chegar nos locais de trabalho, defender nossos sonhos e dizer que é possível ter uma vida melhor e digna, com solidariedade junto aos que mais sofrem, que são os desempregados e os que passam fome”.
Postura diante do governo federal.

Moacir, da TLS, integrante da Apeoesp, explicou que “nossa tarefa é pressionar o governo, não desestabilizar”. “Temos que pressionar para revogar a reforma para ter musculatura para o Lula falar que tem que ouvir os trabalhadores. Não existe conciliação entre burguesia e o proleriado”. A unidade com as demais centrais, segundo ele, é só para o governo fazer políticas para os trabalhadores.

Carlos Araújo, da Resistência, integrante do Sindibancários-ES, também destacou o desafio que é a manter a leitura e a postura da Intersindical neste terceiro mandato de Lula. “Temos que lutar para que esse governo dê certo e manter a nossa independência frente a todos os governos, o que não quer dizer que somos oposição. Temos que apresentar nosso programa no máximo, não mínimo”, defendeu.

Integrante do Pólo Comunista, Kawe Graeff Campoli, do Sintrasem-SC, lembrou que as manifestações que trancaram as estradas e o 8 de janeiro demonstram que os fascistas têm fôlego. “Foi um ato de traição que as forças de segurança cometeram. Proibiram a polícia de prender os vândalos acampados no quartel. Vencemos as eleições e eles continuam com as armas e vão tentar se vender como opção viável.”

Segundo ele, “temos condições de articular e disputar espaços”. “Nossa política é diferente das outras centrais. Temos diferença estrutural. A construção efetiva que a gente faz na base é a que é capaz de enfrentar todas as expressões da direita e da extrema direita”, finalizou.

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