O modelo selvagem e neoliberal do sistema capitalista também procura ditar como deve ser a mulher, pontuou Carmela Sifuentes, vice-presidenta da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Peru (CGTP).
“A mulher tem que ser sempre jovem, abnegada, sexualmente passiva, uma mulher máquina que tem que trabalhar e se cuidar, temos que estar sempre alegres, bem dispostas, e fazendo tarefas domésticas”, enfatizou.
Carmela lembrou que “esse mesmo modelo de sistema promove a extração, o trabalho infantil, a exploração sexual e do trabalho das mulheres”.
E quando elas vão ao mercado de trabalho? “Eles nos veem como segunda classe por nossa condição biológica e fragilidade, só nos querem nos trabalhos domésticos e, se trabalhamos, que seja com a supervisão dos homens”, afirmou.
Como alternativas, a líder feminista peruana, sugere uma agenda de lutas: romper com a diferença salarial entre mulheres e homens; permissão de paternidade compartilhada dos filhos porque a co-responsabilidade deve ser compartilhada; romper com o teto de vidro que impede que mulheres com igual ou superior capacidade assumam postos de gerência e cargos mais altos; acabar com a violência contra a mulher; fortalecer nossa organização; exigir aposentadoria e não pensão mínima; que as mulheres sejam protagonistas da própria vida, de sua saúde e de seus corpos; denunciar a corrupção dos homens como fator agravante da crise, porque a maioria das mulheres em cargos de poder é honesta.
Texto: Tsuli Turbiani
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