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Descaso do governo Temer com a Uerj, a 5ª melhor universidade do Brasil e 11ª da América Latina

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Estudantes e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) fizeram hoje (18) mais um ato de protesto em defesa da instituição. A universidade enfrenta um total sucateamento e falta de recursos que tem causado prejuízos às atividades acadêmicas, e aos atendimentos do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). Os estudantes até agora não sabem se de fato o novo ano letivo começará no dia 23.

Com cerca de 32 mil alunos, a Uerj possui sete campos espalhados pelo estado do Rio, e foi a primeira universidade do país a adotar o sistema de cotas raciais para estudantes da rede pública. É considerada a 5ª quinta melhor instituição de ensino superior do país e a 11ª da América Latina, de acordo com o ranking Best Global Universities 2016.

Falta de repasse de verba leva Uerj a adiar reinício das aulas

“A população precisa nos dar este apoio. A Uerj é um patrimônio do nosso estado. Ela não é minha, é de todos. Nossa situação hoje é triste, lamentável. Se uma pessoa entrar em qualquer um dos campus terá uma sensação de que falta absolutamente tudo. Só não estamos piores que as delegacias, pois ainda temos folhas de papel-ofício. De resto, falta tudo: limpeza, alimentação, ventiladores, etc. Estamos reivindicando o básico para que a Uerj sobreviva”, explicou a estudante de ciências sociais da Uerj , Natália Trindade, à Agência Brasil.

Além do atraso no pagamento de salários dos professores, funcionários e terceirizados as instalações beiram o colapso. Bolsas e verbas para pesquisa também não estão sendo pagas, assim como os fornecedores. “A universidade tem apenas dois elevadores funcionando, porque os ascensoristas são terceirizados. Não há sequer previsão para pagamento do último 13º. Há cortes de luz, de água. É assim que estão tratando a Uerj.”

Os alunos da Uerj tiveram suas aulas adiadas do dia 17 para o próximo dia 23. A estudante Natália diz que realmente não há condição para o retorno às aulas por conta da escassez em todos os setores da instituição. Ela pede que os estudantes sejam reconhecidos como a solução para a crise e não como um problema.

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