O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi instituído após o assassinato brutal de três Auditores-Fiscais do Trabalho e do motorista que os acompanhava, no crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí.
O Dia 28 de janeiro é o dia do Auditor-Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. É também a data em que é lembrada a Chacina de Unaí (MG), em que foram assassinados três Auditores-Fiscais – Eratóstenes, João Batista e Nelson, e o motorista Ailton. O crime completa 12 anos.
Em Brasília houve manifestação pela manhã diante do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para exigir a prisão dos mandantes e intermediários da chacina e que recorrem da sentença em liberdade: os irmãos Antério e Norberto Mânica, Hugo Pimenta e José Alberto de Castro.
Delegacias sindicais do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) no Acre, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Santos (SP) e Sergipe organizam seminários, jornadas e atos públicos.
Tanto Antério como Norberto foram condenados a 100 anos de prisão. A pena ficou um pouco menor porque ambos chegaram a ser presos no início das investigações. A do ex-prefeito de Unaí por dois mandatos pelo PSDB ficou em 99 anos e 11 meses, enquanto a do empresário caiu para 98 anos e meio.
De 1995 (ano em que foram criados os grupos móveis de fiscalização) até o ano passado, foram feitas mais de 1.900 operações pelo país, com 49 mil trabalhadores resgatados.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora apoia a mobilização e alerta para o perigo de aprovação do projeto de lei (PLS 432/13) que mudará o conceito de trabalho análogo ao regime de escravidão.
No próximo dia 2 de fevereiro a Intersindical estará presente em audiência da Comissão de Direitos Humanos do Senado para defender os trabalhadores que sofrem com jornadas de trabalho desumanas e situações análogas à escravidão. O PLS 432/13 está na ordem do dia do próximo dia 3 de fevereiro, no Senado, para ser votado.
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