Apesar dos fortes protestos, a Câmara Legislativa do Distrito Federal conseguiu aprovar nesta quinta-feira (1º) o projeto de lei que prevê usar o superávit da previdência de servidores públicos para pagar os salários até fevereiro. Ao todo, 17 deputados votaram a favor, 6 votaram contra e uma deputada distrital se absteve.
“Agora desfalcam o IPrev, que é superavitário, e logo mais vão dizer que a previdência aqui é deficitária, já conhecemos esse filme”, alerta Clayton Avelar, presidente do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc).
Os servidores da Assistência Social e Cultura no DF estão em greve desde o dia 3 de novembro. Entre outras coisas, reivindicam o pagamento dos salários, o pagamento da terceira parcela de um acordo que venceu em 2015 e a realização de concursos públicos. Até o momento ainda não houve uma reunião formal com representantes do governo do DF para apresentação formal de proposta.
“Esse discurso de que não há dinheiro em caixa nós já conhecemos e não temos convicção. Queremos a abertura das contas públicas e a auditoria da dívida pública do DF”, diz Avelar.
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, conseguiu autorização para remanejar 75% do superávit do IPrev para fechar a folha de pagamento de funcionários da ativa nos próximos três meses. Em troca, para manter o pagamento a aposentados e pensionistas o governo tornará o IPrev acionista do Banco de Brasília (BRB). Com isso, o governo poderá movimentar R$ 493,5 milhões nos cofres públicos.
Trata-se de mais uma atitude nefasta dos governos que se aproveitam do discurso da crise para tirar mais dos trabalhadores, servidores e pensionistas.
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