A dívida pública interna subiu 3,41% em junho sobre maio, a R$ 2,838 trilhões, o maior avanço mensal em um ano, de acordo com o Tesouro Nacional. A emissão de títulos públicos e as despesas com juros contribuíram para o aumento.
Foram R$ 62,42 bilhões em emissões de títulos e R$ 31,28 bilhões por conta do pagamento de juros. O crescimento é o maior desde junho de 2015, quando havia sido de 3,81%.
Os detentores da dívida pública interna são as instituições financeiras (23,65% do total, ou R$ 671 bilhões), os fundos de previdência (23,57%, ou R$ 668 bilhões), os fundos de investimento (20,91% do total, ou R$ 593 bilhões) e estrangeiros.
A dívida externa, celebrada em moeda estrangeira, caiu 10,34% no período, a R$ 120,77 bilhões, por causa da desvalorização do dólar frente ao real.
Com isso, a dívida federal total cresceu 2,77% em junho sobre maio, a R$ 2,959 trilhões, encerrando o primeiro semestre ainda fora do intervalo fixado para 2016 no Plano Anual de Financiamento (PAF), entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
Em relação à composição do estoque da dívida, os títulos corrigidos pela taxa Selic representaram 25,75% em junho, ligeiramente abaixo dos 25,84% em maio. O Tesouro estima que esses papéis encerrarão o ano entre 30% a 34% do total.
Os títulos pré-fixados seguiram respondendo pelo maior peso na dívida, a 36,30% do total, acima dos 35,32% do mês anterior.
Os papéis corrigidos pela inflação, por sua vez, viram sua representatividade cair a 33,73% do total, sobre 33,96% em maio.
O Tesouro estabeleceu como meta para 2016 um intervalo de 31% a 35% para os títulos pré-fixados e de 29% a 33% para os papéis atrelados à inflação.
Em junho, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna diminuiu a 16,41% ante 16,60% em maio.
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