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Encontro de base: Químicos Unificados em luta por direitos e conquistas!

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Cerca de 200 trabalhadores da base do Unificados das regionais Campinas, Osasco e Vinhedo lotaram o salão de reuniões do Centro de Formação e Lazer de Campinas neste domingo (30) e, depois de analisar a conjuntura econômica, aprovaram de maneira unânime a decisão de construir uma campanha salarial, que tem data base em 1º de novembro, sem que nenhum direito já conquistado seja retirado.

Esta posição dos trabalhadores da base do Unificados será levada ao seminário de campanha salarial, organizado pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo (Fetquim), nesta terça-feira (1º). As reivindicações prioritárias e estratégias de mobilização, discutidas nos grupos de trabalho também serão encaminhadas, contribuindo para a preparação da pauta de reivindicações que a Fetquim apresentará aos patrões depois que os trabalhadores das bases de todos os sindicatos a aprovarem. Os trabalhadores da base do Unificados irão analisar e decidir sobre os pontos desta pauta em assembleias. As datas serão definidas e divulgadas em breve.

Desafios

A crise noticiada pela mídia coloca aos trabalhadores um desafio maior neste ano. O assessor da Regional Osasco, Paulo Soares, destacou que o que a mídia chama de recessão representa para os patrões um período de crescimento menor, porém não significa que eles não estão lucrando. Ao sistema capitalista interessa que os trabalhadores se sintam intimidados, com medo de perder o emprego e, a partir disso, aumentar a exploração. É desta forma que diversas fábricas estão operando, demitindo trabalhadores, porém mantendo a produção, estocando produtos.

Fora das fábricas, os patrões estão conseguindo todo o apoio do Estado para forçar mudanças que prejudicam as condições de trabalho e de vida da classe trabalhadora.

Exemplos são as medidas provisórias que alteraram as regras para os benefícios previdenciários como o seguro desemprego, auxílio doença, pensões, entre outros, a medida provisória que reduz jornada com redução dos salários em 15%, além do projeto de lei da terceirização que está no Senado e já foi citado como uma das pautas prioritárias da Agenda Brasil, anunciada pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB –AL).

Convenção coletiva

A inflação acumulada registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC- IBGE) entre novembro de 2014 e julho de 2015 (último mês divulgado), está em 8,66% e as projeções feitas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é de que ela chegue a 9,90% em novembro. A dirigente da Regional Osasco Nilza Pereira alertou os trabalhadores da base sobre as constantes investidas dos patrões em querer implementar acordos de banco de horas, não aplicar programas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) sob a alegação de que estão passando por problemas econômicos.

Neste ano, a convenção coletiva será negociada como um todo, não apenas as cláusulas econômicas. Diante deste cenário, a posição de não abrir mão dos direitos e avançar nas conquistas arrancando aumento real como nos anos anteriores, aprovada pelos delegados que participaram do encontro de base, reforça a necessidade de união e mobilização do maior número de trabalhadores possível nesta campanha salarial.

Luta unificada é a que garante conquistas

O Unificados representa 40% dos sindicatos que compõem a Fetquim. São mais de 50 mil trabalhadores envolvidos na campanha salarial nas regiões de Campinas, Osasco e Vinhedo.

O encontro de base com ampla participação de companheiras e companheiros mostra a disposição de luta e organização da categoria de maneira unificada.

Parte da direção de Vinhedo que decidiu romper com o Unificados está convocando assembleias para antecipar o fim de mandato da atual direção. Isso em pleno período de campanha salarial, quando deveria estar organizando a luta por conquistas e contra a retirada de direitos. O Unificados apoia o Coletivo pela Unificação e alerta os trabalhadores que esta prática é um golpe, uma ameaça direitos dos trabalhadores.

A crise existe, mas a dimensão é outra

É importante ter claro que, no setor químico, a crise não tem a dimensão desastrosa como a mídia que defende os interesses dos patrões vem noticiando. Dados divulgados pelo jornal Valor Econômico em 27/08 atestam que as vendas internas de produtos químicos subiram 17,6% e as vendas externas 15,3%.

Na mesma reportagem, informa que a produção de químicos de uso industrial cresceu 1,61% no acumulado de janeiro a julho de 2015 e que os preços reais médios destes produtos subiram 3,9%.

Segundo informações do sistema de acompanhamento de salários do Dieese, no 1º semestre de 2015 aproximadamente 69% das negociações analisadas conquistaram aumentos reais. Os reajustes acima da inflação se concentraram na faixa de até 1%. O estudo revelou ainda que 17% obteve reajuste igual à inflação medida pelo INPC-IBGE e 14% abaixo da inflação – ou seja, não tiveram recomposição das perdas inflacionárias ocorridas durante o período de um ano.

Fonte: Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco, Vinhedo e região


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