A votação no plenário da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei do Senado (PLS) 4567/2016, que trata da abertura do pré-sal para as multinacionais, foi adiada para esta terça-feira (4). A decisão foi oficializada por volta das 20h20 de segunda-feira (3), após a reunião semanal de líderes partidários com a presidência da Casa. Mesmo com o adiamento, a discussão do texto pelos deputados começou no início da noite.
As articulações em torno do PLS 4567 têm marcado um intenso jogo de forças entre governo e oposição na Câmara. Para ser aprovado, o projeto precisa apenas de maioria simples (257 votos), mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem dito que não irá colocar a matéria para consulta em plenário com menos de 400 parlamentares presentes. O cálculo resulta do receio do fracasso da proposta. Até às 20 horas de segunda (3), apenas 226 deputados haviam confirmado presença.
A baixa representatividade provocou o adiamento da votação, mas não inviabilizou o plano dos governistas de agilizar o quanto antes a tramitação do PLS de autoria de José Serra.
A ansiedade política da base do governo vem sendo bastante criticada pela oposição.
Parlamentares de oposição farão o possível para ganhar tempo e obstruir os trabalhos da votação do pré-sal, mas no governo a ordem é aproveitar o fortalecimento do PMDB e PSDB nas urnas e o consequente enfraquecimento da esquerda, para votar a agenda do golpe que os setores conservadores de direita tentam impor ao povo mais pobre, aos aposentados e trabalhadores brasileiros.
Tópicos relacionados
Comentários