Atividade inaugura na cidade, no dia 2 de junho, às 14h, a Caravana 43 Sudamérica, que traz os familiares ao Brasil, Uruguai e Argentina em solidariedade a sua luta.
No último dia 26 completaram-se oito meses do massacre do Estado do México que levou a seis mortes e 43 desaparições em Iguala, estado de Guerrero. Mesmo com as mentiras e com a indiferença do Estado mexicano, e contando com um fortíssimo apoio nacional e internacional, os familiares seguem lutando por justiça e pela apresentação com vida dos estudantes normalistas desaparecidos. Como parte desse processo, uma caravana organizada por movimentos sociais e pessoas autônomas está trazendo alguns desses familiares para a América do Sul – em São Paulo as atividades públicas serão nos dias 2 e 3 de junho.
Inaugurando os eventos no dia 2, a partir das 14h, haverá uma coletiva de imprensa na qual os familiares explicarão melhor a Caravana Sul-americana e suas demandas. Ela acontecerá na sede da Kiwi Cia. de Teatro, no centro da cidade. Na coletiva, os familiares – um casal de pais, uma mãe e um estudante que sobreviveu ao massacre e é também primo de um dos desaparecidos – esclarecerão quais as suas demandas, as suas visões em relação às versões que o governo de Peña Nieto deu ao caso, e o momento atual pelo qual esse movimento, que literalmente parou o México desde o ano passado, está vivendo agora, em contexto eleitoral.
Os familiares não estarão disponíveis para entrevistas no restante dos dias.
Haverá ainda um debate público, a ser realizado na noite do dia 2 de junho e do qual participarão as Mães de Maio, também no centro, e um sarau na noite do dia 3 de junho, no Taboão da Serra, organizado pelo Sarau do Binho em conjunto com outros saraus da periferia paulista, no qual será prestada solidariedade e homenagem aos familiares de Ayoztinapa e sua luta.
A Caravana 43 Sudamérica começou no dia 16 de maio e percorrerá 7 cidades, passando por Argentina e Uruguai antes de chegar ao Brasil, onde terá atividades também no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. O recorrido acontece nos mesmos moldes de movimentações recentemente organizadas nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa, onde familiares dos desaparecidos passaram por doze países. Articulados de forma autônoma, sem qualquer relação com partidos políticos, empresas ou governos, os movimentos que a organizam buscam tanto manifestar solidariedade à luta de Ayotzinapa, dizendo que “no están solos”, quanto espalhar pelo Brasil as demandas de justiça e apresentação com vida dos estudantes normalistas. “Vivos os levaram, vivos os queremos”, seguem gritando os pais.
Serviço:
2 de junho, 14h
Kiwi Cia. de Teatro
Rua Frederico Abranches, 189 – ao lado do metrô Santa Cecília
Estarão presentes:
– Mario César González Contreras e Hilda Hernández Rivera, pai e mãe de César Manuel González Hernández, desaparecido
– Hilda Legideño Vargas, mãe de Jorge Antonio Tizapa Legideño, desaparecido
– e o normalista Francisco Sánchez Nava, que além de primo de um desaparecido é também sobrevivente do massacre.
Mais informações:
http://caravana43sudamerica.org/
Fred – 95396-2792
Susana – 99499-5809
Gabriela – 99596-9718
Programação pública completa
2 de junho (terça), às 14h – Coletiva de imprensa com os familiares
Kiwi Cia de Teatro: Rua Frederico Abranches, 189
2 de junho (terça), às 19h – Debate público – Caravana 43: familiares de Ayotzinapa, Mães de Maio e suas resistências
Quadra dos bancários: rua Tabatinguera, 192
3 de junho (quarta), às 20h – Ayotzinapa somos todxs – Sarau do Binho com outros saraus
Espaço Clariô: Rua Santa Luzia, 96 – Taboão da Serra
Evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/698285870299696/
Coletivos que compõem a Caravana em São Paulo:
Mães de Maio
Movimento Passe Livre – SP
Casa Mafalda Espaço Autônomo
Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais CATSO
Rede 2 de Outubro
Espacio de Lucha Contra el Olvido y la Represión (ELCOR) – Red Contra la Repression (México)
Margens Clínicas
Comboio Moinho Vivo
Rizoma Tendência Estudantil Libertária
Coletivo DAR (Desentorpecendo a Razão)
Rede Extremo Sul
Comissão Yvyrupá
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