O governo de Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira, dia 15, que o salário mínimo não vai mais contar com reajuste acima da inflação. Segundo o governo da extrema direita, o orçamento da União de 2020 prevê apenas o repasse da inflação.
Desde 2008, o menor salário pago no Brasil passou a contar com uma política oficial de valorização, com o repasse da inflação do ano anterior somado à variação do PIB de dois anos atrás. A regra de valorização foi estabelecida no governo Lula e foi transformada em lei no governo Dilma, em 2011.
A política de valorização do salário mínimo é uma das principais medidas adotadas no Brasil, sendo responsável por elevar substancialmente o poder de compra dos mais pobres, estimular a economia brasileira e reduzir as desigualdades sociais e regionais no país.
Em 2004 o valor do salário mínimo era de R$ 260,00. Com a política de valorização além da reposição da inflação, houve aumento real de 74,33% até janeiro de 2019.
Segundo o Dieese, sem o repasse da variação do PIB e apenas com a reposição da inflação, como propõe agora Jair Bolsonaro, o valor atual do salário mínimo seria de R$ 573,00.
Atualmente, cerca de 48 milhões de pessoas recebem remuneração correspondente ao salário mínimo, como assalariados, aposentados e pensionistas, trabalhadores por conta-própria, domésticos.
O fim da política aumento do salário mínimo acima da inflação é mais uma demonstração de que o governo Bolsonaro é inimigo da população trabalhadora.
“O povo brasileiro não pode aceitar calado à mais esse retrocesso. Valorizar o salário mínimo é decisivo para combater as desigualdades sociais e garantir um mínimo de dignidade para as pessoas mais pobres”, garante Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical. “Mas é necessário destacar que a melhoria do salário mínimo é fundamental para restabelecer o crescimento e dinamizar a economia brasileira. Bolsonaro é o governo dos ricos”, conclui Índio.
A defesa da valorização do salário mínimo, da geração de empregos com direitos, da aposentadoria e da previdência pública são as principais reivindicações que levam as centrais sindicais a convocar o histórico 1° de Maio Unitário em todo o País.
Até lá, a população trabalhadora está chamada a participar do abaixo assinado contra a deforma da previdência e a debater, nas comunidades e nos locais de trabalho, as diversas medidas do governo Bolsonaro que atentam contra as conquistas e os direitos do povo brasileiro.
É muito importante, também, elevar a pressão sobre deputados e senadores a fim de garantir a valorização do salário mínimo, a geração de empregos com direitos e a manutenção da aposentadoria do povo.
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