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O golpe perpetrado pelo grande capital para aplicar uma agenda de retrocessos sociais e transferir a renda pública, a renda do trabalho e os recursos naturais do Brasil foi consumado nesta quarta-feira (31), com o apoio maciço da grande mídia nacional e dos 60 senadores que votaram a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff contra 21 que permaneceram na defesa da democracia.
A INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora jamais apoiou a política de conciliação de classes nem o ajuste fiscal neoliberal dos governos presididos pelo PT. Da mesma forma que, ao identificar a farsa do golpe para tomar o controle do poder, não vacilou em defender a democracia e construir uma ampla unidade popular para barrar a ofensiva do grande capital e da direita contra os direitos sociais, econômicos, políticos e humanos garantidos pela Constituição de 1988.
As forças que manobraram e lideraram esse movimento golpista, além de notoriamente corruptas, não escondem a que vieram: Entregar o pré-sal para as multinacionais petrolíferas, desmontar o serviço público, mudar a Constituição para restringir ainda mais as verbas para a saúde e educação públicas, rebaixar o valor da força de trabalho, promover uma reforma trabalhista silenciosa a partir da terceirização generalizada e da prevalência do negociado sobre o legislado, e promover mais uma reforma da previdência com o intuito de bloquear o acesso da grande maioria dos trabalhadores, em particular das mulheres e aos trabalhadores do campo, à aposentadoria e demais direitos previdenciários.
Nos próximos dias vamos discutir, juntamente com a Frente Povo Sem Medo e demais organizações de esquerda, a articulação da nossa resistência.
Vamos resistir à mordaça que estão tentando impor em escolas e universidades, vamos resistir contra qualquer iniciativa que tente censurar ou silenciar a livre manifestação de pensamento nos âmbitos político, religioso, filosófico, de gênero ou de raça.
Tememos pelo aprofundamento da grave crise social no país, tememos pela farsa jurídica do impeachment que nos deixa fragilizados perante a própria Justiça brasileira, tememos pelos milhões de aposentados por invalidez que terão seus proventos suspensos nos próximos dias, tememos pelas reformas previdenciária e trabalhista já anunciadas, tememos pela soberania nacional a partir da entrega de nossas riquezas naturais, tememos pelo retrocesso de direitos sociais conquistados a duras penas pelo povo brasileiro.
Mas a classe trabalhadora e seus aliados não temem lutar na defesa dos direitos, do serviços públicos, e das liberdades democráticas.
Vamos cruzar os braços, parar a produção e circulação, ganhar a ruas e parar o brasil. Nenhum direitos a menos. Em defesa das liberdades democráticas. Fora temer.
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