Camponeses foram considerados culpados e receberam penas de 4 a 30 anos de prisão; manifestantes pediram absolvição de acusados diante do tribunal.
O tribunal que julga o caso do massacre de Curuguaty, que em 2012 causou a morte de 17 pessoas (11 camponeses e seis policiais) e foi usado como pretexto para a destituição do presidente Fernando Lugo, condenou nesta segunda-feira (11/07) os 11 camponeses acusados pelas mortes dos policiais na ocasião.
O Tribunal de Sentença, presidido pelo juiz Ramón Trinidad Zelaya, considerou Rubén Villalba culpado por associação criminosa, invasão de imóvel alheio, homicídio doloso agravado e tentativa de homicídio doloso. Ele foi condenado a 30 anos de prisão mais cinco anos de medidas de segurança.
Já Luis Olmedo, Arnaldo Quintana e Néstor Castro Benítez, também considerados culpados por homicídio doloso, invasão de imóvel alheio e associação criminosa, foram condenados a 20, 18 e 18 anos de prisão, respectivamente.
Lucía Agüero, Fany Olmedo e Dolores López foram condenadas a 6 anos de prisão e Felipe Benítez Balmori, Adalberto Castro, Alcides Ramírez e Juan Tillería receberam a condenação de 4 anos de prisão, todos considerados culpados pelo delito de invasão de imóvel.
A Promotoria pedia penas de entre 5 e 30 anos de prisão, enquanto a defesa pedia a absolvição de todos os acusados. O Ministério Público do Paraguai não chegou a investigar as mortes dos camponeses.
Centenas de manifestantes se concentraram diante do Palácio de Justiça, em Assunção, para acompanhar a leitura da sentença com cantos a favor da absolvição dos 11 camponeses acusados.
Na sala da audiência, ao fim da leitura da primeira parte da sentença, advogados de defesa e familiares dos camponeses e representantes de organizações de direitos humanos começaram a gritar “liberdade aos presos”. O juiz ordenou um intervalo de 10 minutos, que se estendeu para 20 minutos.
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Fonte: Opera Mundi com informações de Agência Efe
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