O governo anunciou na sexta-feira (19) um corte de R$ 23,4 bilhões do Orçamento de 2016 para pagar os juros da dívida pública, que é de R$ 30,554 bilhões, para o governo central, Estados, municípios e empresas estatais. Saúde e educação serão as áreas mais afetadas.
O Ministério da Saúde amargará um corte de R$ 2,5 bilhões e o Ministério da Educação terá corte de R$ 1,3 bilhão. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deveria impulsionar os investimentos e a geração de empregos, terá corte de R$ 4,2 bilhões.
O ministro do Planejamento, Valdir Simão, anunciou ainda uma revisão do PIB (Produto Interno Bruto) prevendo uma queda de 2,9% neste ano. Para a inflação, a previsão é de encerrar 2016 com o IPCA em 7,10%, resultado acima do teto da meta de 6,5%.
O governo não tem pudor em admitir que o objetivo é cumprir com a meta de superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida).
As emendas parlamentares sofrerão corte de R$ 8,1 bilhões.
O Congresso Nacional aprovou o texto do Orçamento de 2016 estabelecendo uma meta de superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais).
A parte somente do governo é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB).
As contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, registraram no ano passado o maior rombo da série histórica, que tem início em 2001, segundo o Banco Central.
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