Movimentos sociais estarão em Brasília nesta terça-feira (12), às 9h, em frente ao Palácio do Planalto, para protestar contra a privatização do setor elétrico e de águas nacional e denunciar as ameaças aos direitos dos trabalhadores e ao patrimônio público.
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Movimento Camponês Popular (MCP), da Frente Povo Sem Medo e da Frente Brasil Popular estarão presentes.
João Maria de Oliveira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), lembra que a privatização da Celg é o pontapé inicial para a privatização das demais concessionárias de energia elétrica do país.
Graças à mobilização da sociedade o leilão da Celg já foi adiado por duas vezes. De novembro passou para dezembro e a expectativa agora é que se realize logo depois do carnaval.
No último dia 28 de dezembro, a Eletrobrás realizou uma Assembleia Geral Extraordinária dos acionistas e aprovou a renovação da concessão e venda da Celg, mas retirou de pauta os assuntos relacionados à capitalização, venda e renovação das concessões das demais distribuidoras federais (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas).
“No mesmo momento que permitiram a venda da Celg, tiraram da pauta a renovação das concessões das demais distribuidoras de energia para adoçar a boca dos sindicalistas e dos movimentos sociais que ali protestavam. A intenção foi dividir e enfraquecer o movimento de resistência nacional e deixar as portas abertas para o desmonte das outras empresas, com os trabalhadores divididos”, explica João Maria.
O Stiueg está levando quatro ônibus com trabalhadores da Celg para o protesto em Brasília. “Os governos Federal e Estadual estão dando um golpe nos Eletricitários de Goiás e do Brasil”, afirma João Maria. “Este modelo já ficou claro para a sociedade que não funciona, basta ver o aumento das tarifas de energia em diversas partes do país”.
A ameaça de privatização da empresa de águas e esgoto de Goiás, Saneago, é outra frente de luta. Em Goiás, a Celg e a Saneago têm sido ostensivamente sucateadas para que haja a transferência à iniciativa privada.
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