Os bancários voltaram à mesa de negociações na sexta-feira (9) com a mesma postura que tiveram nas cinco rodadas realizadas até agora: cobram aumento real e decente para salários, PLR, vales, proteção aos empregos, melhores condições de trabalho.
Pela manhã, a Fenaban apresentou uma proposta de 7% de reajuste mais R$ 3,3 mil de abono. Foi feita uma pausa na negociação, que foi rejeitada no fim da tarde. A categoria segue mobilizada em greve nacional.
Os trabalhadores reivindicam, entre diversos pontos, rejeitaram o índice rebaixado – que representa perda salarial de 2,39% à inflação de 9,62% (INPC) –, reforçando que não aceitarão que os bancos levem a categoria de volta à década de 1990. À época, essa política de reajuste abaixo da inflação com abono salarial provocou enormes perdas para aos bancários.
Os trabalhadores de bancos atuam no setor que mais lucra no Brasil. Somente nos primeiros seis meses deste ano, BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander, os bancos que compõem a mesa de negociação, lucraram juntos R$ 29,7 bilhões.
“Não existe crise para banqueiro, e também não pode ter para bancário. Os trabalhadores já deram mostras da disposição de luta nesses primeiros dias de paralisação. Então, se os bancos querem o fim da greve, têm de trazer proposta que mereça ser apreciada pela categoria e não uma que não recompõe nossa defasagem salarial e que levou à paralisação nacional”, afirma Ricardo Saraiva Big, diretor do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Até julho deste ano os bancos extinguiram quase 8 mil empregos bancários. Isso tem de parar, os bancos devem isso aos bancários e a toda sociedade.
Em 29 e 30 de agosto a Fenaban propôs 6,5% de reajuste para salários e demais verbas (perda real de 2,8%), manutenção da PLR nos mesmos moldes de 2015, abono de R$ 3 mil a ser pago uma única vez. Para as demais reivindicações da categoria, houve um sonoro não.
Em assembleia realizada no dia 2/9, trabalhadores de todo o Brasil rejeitaram e votaram pela greve por tempo indeterminado.
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