Em diversas partes do mundo movimentos pró-clima, indígenas, movimentos sindicais e sociais, famílias e muitos jovens foram às ruas no último dia 20 em defesa do meio ambiente e contra o superaquecimento global. O assunto ganhou repercussão internacional após as queimadas da região amazônica serem veiculadas em todo o mundo.
No Brasil houveram manifestações em diversas cidades, com destaque para a cidade de São Paulo, onde pela manhã houve uma manifestação organizada por mulheres em frente à sede nacional da Bayer/Monsanto, que fica no Barro de Socorro.
Pela tarde, diversos jovens, famílias, indígenas, partidos, além do Fórum das Centrais se reuniram no MASP para realizar uma manifestação que reuniu cerca de 40 mil pessoas que entoavam palavras de ordem contra a política ambiental e trabalhista de Jair Bolsonaro.
“O aumento da temperatura da Terra, que na opinião da Intersindical, é produto de um modelo que só serve a uma minoria do capital financeiro, do rentismo, de uma sociedade do consumo, que não atende aos interesses dos povos. Por isso a importância da denúncia e da mobilização social, para a gente fazer mudanças profundas no sistema produtivo no Brasil e no mundo”, ressaltou Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical.
PRESSÃO INTERNACIONAL
As posturas do presidente sobre a questão ambiental têm gerado fortes pressões internacionais sobre Bolsonaro.
Bolsonaro assumiu o mandato prometendo não demarcar mais nenhuma Terra Indígena e defendendo a exploração de minérios na Amazônia.
IMPACTO SOCIAL DO MODELO ASSENTADO NA DEVASTAÇÃO AMBIENTAL
Em razão do desemprego e da pobreza, um contingente enorme de pessoas, em todo o mundo, sé levado à realizar ilegalmente atividades extratoras de recursos naturais, entre elas o corte de florestas, a caça e o garimpo.
Ao mesmo tempo, tais práticas, somadas ao modelo produtivo e energético estabelecido no mundo, associado à ação das grandes empresas, em praticamente todos os ramos produtivos, gera a elevação da temperatura, destruição dos rios e alteração do comportamento das chuvas, que consequentemente tem feito aumentar a desertificação de terras agricultáveis, nas quais, os mais pobres, apoiam sua subsistência.
Já na dimensão econômica, os impactos na temperatura do planeta estão diretamente associados ao padrão capitalista de produção e de extração do recursos naturais.
A mineração, o agronegócio e o padrão energético baseado na queima de combustíveis são os principais responsáveis pela o processo de degradação das condições de vida do planeta.
Texto: Alexandre Maciel
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