Trabalhadoras e trabalhadores do Imperial Hospital de Caridade reuniram-se na tarde desta quinta-feira (5/7) para aprender sobre Assédio Moral no Trabalho, infelizmente uma prática muito recorrente sofrida no cotidiano pela categoria da saúde. Durante as próximas semanas, mais locais de trabalho serão visitados pelo SindSaúde/SC para a divulgação do Diário de Assédio Moral, criado enquanto ferramenta que pode contribuir tanto na prevenção, quanto no combate a essa prática.
O assédio moral consiste em comportamentos, ações, gestos, palavras ou escritos que submetem o trabalhador a práticas repetitivas e prolongadas de violência psicológica extrema, em que prevalecem relações desumanas e com comunicação hostil. Essas práticas acabam gerando danos físicos e psicológicos no(a) trabalhador(a), podendo inclusive afetar sua dignidade, autoestima e autodeterminação e levá-lo à morte.
Pode também ocasionar danos importantes ao ambiente de trabalho, ao serviço prestado e à carreira e à estabilidade do/a trabalhador/a. Com os significativos retrocessos advindos da aprovação da reforma trabalhista no final de 2017, da instituição da emenda constitucional número 95/2016, que congelou gastos com a saúde por 20 anos, e com a ampliação desenfreada das terceirizações e das privatizações dos serviços públicos, esse problema tende a se agravar substancialmente.
Este diário contém orientações relevantes sobre o tema e espaço para que o assediado registre os episódios de constrangimentos, humilhações, comentários depreciativos e outras formas de agressão que é submetido no seu dia a dia no ambiente laboral, bem como para que sejam registrados os nomes das testemunhas presentes no momento do cometimento da violência emocional.
Dessa forma, esperamos estar contribuindo para a humanização das relações nos ambientes de trabalho, propiciando avanços na qualidade de vida, na saúde e no bem-estar dos trabalhadores e reduzindo o absenteísmo, os afastamentos, a rotatividade, as insatisfações, as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho.
Fonte: SindSaúde
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