O sindicalismo cubano também está presente no Seminário Internacional da Intersindical. Em sua exposição, Ismael Drullet Perez, da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC), reafirmou a vocação diplomática da ilha caribenha: “a comunidade internacional pode contar com Cuba para construir uma ordem internacional mais justa, em que o bem-estar do ser humano esteja no centro”.
Ao mesmo tempo, Drullet foi enfático ao dizer que este não é o projeto dos Estados Unidos, que segue interferindo na soberania dos países, provocando guerras, crises de refugiados e repressão a trabalhadores. Por isso, “o inimigo comum dos povos é o imperialismo”.
Em meio à onda de retrocessos e avanço de governos direitistas na América Latina, Israel Drullet mostrou-se orgulhoso de seu povo. “Temos os trabalhadores mais comprometidos, que têm mais claro o papel de que precisamos resistir e seguir avançando [com a Revolução]”.
O cubano ainda lembrou que, por mais que os Estados Unidos tentem estigmatizar os governos revolucionários, não é o socialismo que produziu uma desigualdade social na qual “0,7% dos mais ricos se apropriam de 46% da riqueza, enquanto os 70% mais pobres têm direito a apenas 2,7%”. Pelo contrário, é o capitalismo que produz pobreza e fez “surgir guerras mundiais, fascismo e apertheid”.
Para finalizar, Drullet reforçou que Cuba seguirá lutando sem descanso pelo fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, assim como pela devolução do território ilegalmente ocupado de Guantánamo e pela reparação histórica aos 60 anos de prejuízos do povo cubano com os ataques imperialistas.
Texto: Matheus Lobo
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