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O governo ilegítimo de Michel Temer está ruindo. E a quantidade de pedidos de impeachment contra o presidente da República, por crime de responsabilidade, só aumenta. Na quinta-feira (18), a oposição protocolou o oitavo pedido, assinado por PT, PDT, PCdoB, Rede, Psol e PSB.
Além de diversos deputados, participaram da entrega do pedido os senadores Paulo Paim (PT-RS), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Paulo Rocha (PT-PA) e João Capiberibe (PSB-AP). Muitos dos presentes gritavam ‘Fora, Temer’ e ‘Diretas Já’. Deputados e senadores conclamaram a população brasileira a ocupar as ruas do país para pedirem a saída do presidente e novas eleições.
No texto protocolado, afirma-se que Michel Temer cometeu crime de responsabilidade e cita a matéria jornalística do jornal O Globo da quarta-feira (17) como um dos indícios desse crime.
Segundo a reportagem, os donos da empresa de produção de carnes JBS, Joesley e Wesley Batista, entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) gravações que mostrariam Temer conversando com eles sobre o pagamento de uma “mesada” ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná. O dinheiro teria a função de garantir que Cunha não faria um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
“De forma evidente, ao tomar conhecimento do pagamento, para fins ilícitos, de mesada aos referidos réus da Operação Lava-Jato, o senhor Presidente da República, ora denunciado, deveria acionar prontamente os órgãos competentes para apurar os fatos e responsabilizar seus autores. Ocorre que, em lugar disso, estimulou e ordenou que os atos ilícitos continuassem a ocorrer”, diz o texto, assinado também pelos professores Marcelo da Costa Pinto Neves e Beatriz Vargas ramos Gonçalves de Rezende, pelo integrante do MST Alexandre José da Conceição e pelos cidadãos Maria Perpétua de Almeida, Raimundo Luiz Silva Araújo e Carlos Roberto Siqueira de Barros.
O pedido de impeachment pede que seja decretada a perda do mandato de Temer e que ele seja inabilitado para exercer função pública por oito anos. O argumento é que o presidente interferiu nos trabalhos da justiça, o que configuraria obstrução à Justiça de acordo com a Lei 1.079/1950. Além disso, Temer também teria atentado contra a probidade administrativa.
Na noite de quarta-feira (17), dois pedidos foram apresentados – um pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) e outro pelo deputado JHC (PSB-AL).
Na quinta-feira, outros seis pedidos de impeachment foram protocolados na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara: um segundo feito pelo deputado Alessandro Molon, outro pelo deputado João Gualberto (PSDB-BA) e mais sete parlamentares do PSDB; outro do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); um do deputado Diego Garcia (PHS-PR); e outro apresentado por um deputado estadual. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, analisar a admissibilidade de cada pedido.
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