O levantamento mensal da Fundação Procon-SP, realizada no dia 2 de julho, identificou que a taxa média de juros cobrada pelos bancos no cheque especial atingiu 11,49% a.m., o maior patamar desde novembro de 1995 (11,71% a.m.). Dos sete bancos pesquisados, cinco aumentaram as taxas nessa modalidade de crédito: Itaú, Caixa, HSBC, Bradesco e Banco do Brasil.
A maior alta nos juros do cheque especial foi aplicada pelo Itaú, que alterou o percentual de 10,64% para 11,29% a.m., variação positiva de 6,11% em relação à taxa de junho. Já a Caixa registou variação de 4,94%; o HSBC, de 4,34%; Bradesco, 4,26%; e Banco do Brasil, 1,84%.
A taxa média cobrada pelos bancos pesquisados no empréstimo pessoal também aumentou em julho, de 6,15% para 6,23% a.m. Nessa modalidade, os bancos públicos foram os responsáveis pela elevação. A Caixa elevou sua taxa de 4,27% para 4,60% a.m., representando uma variação positiva de 7,73% em relação a junho. Já o Banco do Brasil elevou os juros nessa linha de crédito de 5,25% para 5,46% a.m., 4% mais em relação à taxa cobrada no mês anterior.
Apesar da trajetória de alta da Selic, a taxa básica de juros do país, os bancos ainda praticam percentuais bem acima dessa referência. Na reunião realizada em 3 de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reajustou a Selic em 0,50 ponto percentual, alcançando 13,75% ao ano. Entretanto, para os mesmos 12 meses, os bancos cobraram no cheque especial taxa média de 268,78% a.a. e de 106,42% a.a. no empréstimo pessoal.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e região
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