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Lula defende soberania nacional e participação popular no Conselhão com presença da Intersindical

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Nilza Pereira de Almeida conselheira e representante da Intersindical no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável ete

 Na manhã da terça-feira, 5 de agosto, o Palácio Itamaraty, em Brasília, foi palco da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão. A reunião contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu com veemência a soberania dos povos, a reconstrução da democracia e o papel estratégico da participação popular nas decisões do Estado brasileiro. A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora – esteve representada pela Secretária-Geral Nilza Pereira de Almeida, que integra o Conselho como conselheira titular.

Abrindo os trabalhos, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, abordou a crise comercial com os EUA: “As tratativas empreendidas pelo governo foram fundamentais para a exclusão de cerca de 300 itens comerciais da ordem executiva sob tarifas, o que preservou setores estratégicos como a indústria de aviões, a produção de suco de laranja e o setor de celulose. (…)” mostrando a disposição do governo em estabelecer um canal de negociação diante do Tarifaço de Trump, porém o ministro ressaltou que “A integridade das instituições da democracia e da soberania brasileira não são negociáveis.”

 Falando em nome das centrais sindicais, Clemente Ganz entregou um documento a Lula com propostas de enfrentamento à crise e defesa da produção nacional, indicando que as “centrais elaboraram propostas de curto e longo prazo. A tarefa do movimento sindical é mobilizar a sociedade para defender a soberania e o emprego.” e completou: “Teremos atos no dia 14 e 15 de setembro e, no 7 de setembro, engrossaremos o Grito dos Excluídos para dar visibilidade à crise e à resistência popular.”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou atenção para os avanços econômicos do governo: “Estamos na menor taxa de desemprego da história recente. A renda aumentou, a inflação está controlada e estamos tirando o Brasil do mapa da fome.” Sobre a crise nas relações com os EUA, Haddad ponderou: “Mesmo que apenas 1,5% das exportações sejam afetadas, elas representam setores vulneráveis que geram muito emprego.” O ministro ainda destacou o avanço tecnológico brasileiro: “Estamos desenvolvendo o primeiro sistema tributário digital do mundo. O Brasil é grande demais para ser satélite de qualquer outro país.” Os ataques de Trump ao PIX não passaram despercebidos na exposição de Haddad que enfatizou: “Não estamos falando de cripto, estamos falando de PIX, é a moeda digital cuja tecnologia está chamando a atenção de vários países do mundo, uma tecnologia nacional desenvolvida pelo Estado brasileiro, pelo nosso Banco Central, há muitos anos já, e que ganhou uma maturidade que hoje incomoda, mas é uma tecnologia soberana brasileira que está sendo aceita, inclusive já em países.”

Durante a intervenção do presidente, Lula afirmou que “não é possível o mundo dar certo se a gente perder o mínimo senso de responsabilidade no respeito à soberania dos países”, criticando o imperialismo e a imposição de agendas por grandes potências sobre nações soberanas. A fala vai de encontro com a posição histórica da Intersindical em defesa da autodeterminação dos povos e do enfrentamento ao capital internacional que, sob a máscara da globalização, impõe políticas de austeridade e privatizações.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também esteve presente e reafirmou a linha do governo: “Desenvolver o Brasil com sustentabilidade, inclusão e soberania.”

Lula também ressaltou a importância do Conselhão como um espaço de escuta e formulação coletiva: “Esse Conselho representa a cara da mais verdadeira economia do planeta Terra. É aqui que o Brasil se encontra com sua pluralidade, com o conhecimento que vem do chão das fábricas, das escolas, dos campos, dos quilombos e dos territórios indígenas”, afirmou o presidente, em uma fala que evidencia o papel da sociedade civil organizada na reconstrução do país.

A Secretária-Geral da Intersindical, Nilza Pereira de Almeida, destacou a relevância do momento: “A presença da classe trabalhadora nesse espaço é essencial para que as políticas públicas estejam à altura das necessidades do nosso povo. Nossa participação aqui é a expressão da luta por um projeto nacional soberano, popular e democrático”.

 Lula criticou o desmonte do Conselho durante o governo anterior e reforçou que sua retomada é um símbolo de valorização da democracia participativa. “Quando voltamos ao governo, a decisão de recriar o Conselhão foi justamente para escutar a sociedade, receber sugestões, críticas e propostas concretas. Governar não é um ato de vontade individual, mas de construção coletiva”, disse o presidente.

Além do presidente Lula, estiveram presentes a ministra Gleisi Hoffmann e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também ocupa o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A composição plural do Conselho reúne lideranças sindicais, movimentos sociais, representantes empresariais e especialistas, reafirmando o compromisso com um modelo de desenvolvimento pautado pela justiça social.

A Intersindical reafirma seu compromisso de seguir atuando no Conselhão como uma voz firme da classe trabalhadora, levando as reivindicações dos que vivem do próprio trabalho, em defesa dos direitos sociais, da soberania nacional e da radicalização da democracia.

 

 

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