Os Movimentos e entidades de Perus e região vem a público solicitar o apoio para assinar o manifesto pela permanência das ossadas da vala no CAAF – Centro de Antropologia e Arquivologia Forense.
A vala de Perus foi aberta nos anos 70, durante a gestão de Paulo Maluf em São Paulo. Foi descoberta só em 1990, quando na Gestão da Luiza Erundina foram encontrados 1.047 sacos plásticos repletos de restos mortais no cemitério municipal planejado para abrigar indigentes. Além de vítimas do regime, foram lançadas ali pessoas mortas em chacinas e por grupos de extermínio.
O GTP – Grupo de trabalho Perus que em 2014, trabalha na análise desses restos mortais, em meio aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.
Em junho desse ano o governo Bolsonaro alterou arbitrariamente a comissão que investigava crimes da ditadura e além disso quer transferir para Brasília as mais de mil ossadas da vala de Perus.
Atualmente, o material está em laboratórios da Universidade Federal de São Paulo. Esses restos mortais seriam levados a um laboratório público da capital federal, mais barato e ligado as polícias.
Tememos que esses restos mortais se percam em meio a essa mudança geográfica e conjuntura política. Afinal, ficará nas mãos dos mesmos militares que ocasionaram esse genocídio.
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