A mobilização contra o PLS 555/15, em Brasília, deu resultado e a votação do projeto, prevista para ocorrer na quarta-feira (9), foi adiada para próxima semana – possivelmente para o dia 15 de março. Além de forçar mudanças no texto original a partir da elaboração de um substitutivo e, mais recentemente, da entrada do governo federal nas negociações para tentar elaborar um acordo, esta mobilização já conseguiu a prorrogação da votação por cinco vezes.
Representantes das entidades que compõem o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, entre elas a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, estão dialogando com os parlamentares e fortalecendo as articulações contra o projeto.
Por causa da pressão dos trabalhadores e do desgaste do governo Dilma após a votação do PLS 131 (pré-sal), o governo está cauteloso, mas está realizando negociações paralelas para a aprovação da reforma da Previdência.
Há uma terceira versão do projeto, que mescla o texto substitutivo com o original, mas que ainda não foi oficialmente apresentada. “Sabemos apenas que traz avanços, mas também que há a manutenção de pontos críticos. Não podemos fazer especulações. O que podemos afirmar é que há itens que não vamos aceitar pelo caráter privatista, como é o caso da transformação das empresas públicas em sociedades anônimas ou do impedimento de que trabalhadores participem da direção das empresas”, aponta a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano.
A nova votação do PLS 555 está marcada para 15 de março, e a orientação do comitê é de que, até lá, sejam intensificadas as ações contra o projeto nas categorias, municípios e estados. “Dia 15 voltaremos à Brasília. Foi essa pressão que fizemos que garantiu o adiamento da votação até agora e mudanças no texto original. Por isso temos que intensificar cada vez mais nossas ações”, destaca Rita.
A entrada do governo federal nas discussões, com a possibilidade de acordo sobre um novo texto para o PLS, aumenta o grau de alerta entre os trabalhadores. É preciso redobrar nossa atenção e nossa mobilização.
O projeto continua tramitando em regime de urgência. Existem medidas provisórias sendo debatidas que estão travando a pauta. Por isso os movimentos sociais estimam que o projeto vá à votação no dia 15 de março.
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