” Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis”
Bertold Brecht
O ano de 2014 se encerra com mais uma dolorosa perda para a luta e o pensamento socialistas no Brasil. O companheiro Gilvan Rocha, 72 anos, nos deixou na madrugada do dia 26 de dezembro.
Com seu desaparecimento, vai-se um dos últimos representantes de uma espécie em extinção: a dos combatentes integrais da causa socialista, capazes de combinar ação e ideias, compromisso prático e conhecimento teórico. Independente do juízo que se faça sobre o significado de sua práxis revolucionária de mais de meio de século, Gilvan nos deixa um imenso exemplo de dedicação à transformação radical da sociedade capitalista em que vivemos, cujas mazelas eram denunciadas de forma incansável e permanente, fosse em seus textos, fosse nas conversas que mantinha diariamente com todos que podia alcançar.
Seu compromisso militante o fez fundador e participante de várias organizações políticas, desde o velho Partido Comunista Brasileiro (PCB) de sua juventude, passando pelas organizações clandestinas de resistência à ditadura militar, Partido dos Trabalhadores e Partido Socialista Brasileiro, até sua participação no Partido Socialismo e Liberdade (Psol), do qual era fundador e membro de sua direção estadual.
Gilvan foi um grande impulsionador do sindicalismo classista, de feição anticapitalista. Sempre que convocado, colaborava de bom grado e de forma voluntária com o Sindifort e Intersindical, contribuindo com seus conhecimentos e experiência para a consolidação e ampliação da consciência social da classe trabalhadora.
Finalmente, Gilvan era daqueles que Bertold Bercht nos dizia imprescindível. Sua presença é insubstituível, mas seu exemplo e lição jamais serão esquecidos e continuarão eternamente inspirando os que sonham e lutam por um futuro de igualdade e liberdade sociais.
Gilvan Rocha: Presente, ontem hoje e sempre!
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