No dia 2 de dezembro, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) decidiu abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O país todo sabe que a decisão de Cunha foi tomada em meio a chantagens para salvar o seu próprio pescoço. Cunha é corrupto notório, age por interesses menores e não tem autoridade moral sequer para manter-se como deputado, ainda menos para conduzir um processo como este.
Os movimentos da Frente Povo Sem Medo estiveram nas ruas este ano pelo Fora Cunha, denunciando seu programa de retrocessos e as forças conservadoras que ele representa. Assim como estivemos nas ruas contra as políticas de austeridade do governo Dilma, que têm jogado a conta da crise nas costas dos/as trabalhadores/as, com cortes sociais e ataques a direitos. Continuaremos mobilizados em torno destas questões, até porque os ataques continuam.E, como está em nossa Carta de Princípios, não temos como objetivo a defesa de nenhum governo.
Mas nosso enfrentamento às políticas adotadas pelo governo federal não significa, nem de longe, aceitar saídas à direita para a crise política como o impeachment conduzido por Cunha. A motivação do processo não é jurídica, mas política e ninguém em sã consciência acredita que Michel Temer possa representar uma melhora para os/as trabalhadores/as brasileiros. Por isso, somos claramente contra este impeachment.
A saída que defendemos é pela esquerda, com reformas populares e radicalização da democracia. Construiremos esta alternativa ampliando nossa mobilização nas ruas, por mais direitos, combatendo a política de austeridade e os retrocessos da direita.
Aqui está o Povo Sem Medo!
7 de setembro de 2015
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