A Intersindical Central da Classe Trabalhadora repudia a possível indicação do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, para a vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ives Gandra é um antigo e ativo militante da destruição dos direitos trabalhistas. Sempre se posicionou contrário aos direitos sociais estabelecidos pela Constituição de 1988.
Gandra tem um histórico de posicionamentos reacionários, haja vista suas declarações quando da sua posse em fevereiro de 2016 no TST, quando se mostrou favorável à precarização das condições de trabalho ao defender os seguintes ataques aos trabalhadores: negociado sobre o legislado, contra os pedidos de indenização por dano moral, caracterizar a Justiça do Trabalho como paternalista, ser favorável a terceirização das atividades-fim.
Não bastassem tais regressividades, outras foram encontradas, em escritos do jurista, as quais advogam ideias de que a mulher deva ser submissa ao marido, além de se posicionar contrário a união entre casais homoafetivos, ou seja, machismo e homofobia explícitos.
Alguém que vá ocupar a vaga de ministro no STF não pode ter concepções tão anacrônicas, sejam na esfera trabalhista, ou na esfera das relações humanas, numa sociedade que ainda luta para extirpar tais comportamentos.
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