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O AUMENTO DOS JUROS COMPROMETE A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Intersindical – Central da Classe Trabalhadora avalia que a decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic dos atuais 12,25% para 13,25% ao ano como injustificada, representa um grave entrave ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A decisão desta quarta-feira (29 de janeiro) do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de aumentar a já elevada taxa de juros compromete a geração de empregos, a expansão da produção industrial e a distribuição de renda. A taxa real de juros no Brasil, agora em 7,8% ao ano, é uma das mais altas do mundo. Isso significa que a política monetária adotada pelo Banco Central, agora sob a direção de Gabriel Galípolo, continua favorecendo o setor financeiro e os especuladores, em detrimento da classe trabalhadora e da produção nacional.

A elevação da Selic tem impactos diretos na vida da população: encarece o crédito para pequenas e médias empresas, impede o investimento produtivo e agrava o endividamento das famílias. Além disso, o aumento da Selic fará com que a dívida pública cresça em aproximadamente R$ 50 bilhões, reduzindo a capacidade do Estado de investir em políticas públicas e sociais tão necessárias para a reconstrução do país.

O discurso de que os juros elevados são os únicos instrumentos de controle da inflação é limitado e reflete uma opção por uma política contracionista, ou seja, orientada a limitar a produção e o consumo de bens no país. A inflação no Brasil não decorre apenas do aumento da demanda de consumo das famílias e do setor produtivo, mas de fatores como a especulação cambial e a concentração de mercado por grandes empresas que repassam aumentos de custos para os preços finais. O Banco Central ignorou, mais uma vez, essa realidade ao adotar uma política monetária que penaliza a população trabalhadora enquanto favorece rentistas e bancos.

Diante desse cenário, a Intersindical reafirma seu compromisso com a luta por um modelo econômico que coloque os interesses da classe trabalhadora no centro das decisões. Defendemos uma política de juros que estimule o crescimento, gere empregos e fortaleça o mercado interno. Seguiremos denunciando a política de juros altos, que apenas beneficia o setor financeiro e aprofundam as desigualdades no país.

Juros baixos significam mais produção, empregos e comida na mesa. Basta de juros altos!

São Paulo, 30 de janeiro de 2025

INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora

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